O ex-Beatle Paul McCartney manifestou forte crítica ao cardápio planejado para a COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começa nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, em Belém, no Pará.
Críticas ao cardápio com origem animal
Em carta enviada aos organizadores do evento, o músico vegano expressou sua decepção com a inclusão de alimentos de origem animal no menu oficial. McCartney comparou a situação a "oferecer cigarros em uma palestra sobre prevenção de câncer", em declaração contundente divulgada pela PETA - organização americana que luta pelos direitos dos animais.
O artista destacou a contradição entre o propósito da conferência climática e a oferta de produtos animais, considerando que a pecuária é uma das atividades com maior impacto ambiental no planeta.
Inconsistência com promessas oficiais
Paul McCartney apontou ainda que, no site oficial da conferência, a organização havia informado previamente que as comidas seriam 'plant based', termo em inglês que designa alimentação baseada em vegetais. O músico pressionou os organizadores para que modifiquem o cardápio e tornem 100% vegetariano, alinhando a prática com o discurso ambiental do evento.
Elogio à escolha de Belém como sede
Apesar das críticas ao cardápio, McCartney elogiou a escolha de Belém como cidade-sede da COP30. O músico, que já visitou o Brasil em diversas oportunidades, reconheceu a importância simbólica da localização.
"É apropriado que a COP30 seja realizada em Belém, a porta de entrada para a Amazônia, cuja floresta tropical é frequentemente chamada de 'pulmões da terra'", completou o artista em sua manifestação.
A posição de McCartney reforça o debate sobre a coerência entre discurso e prática em eventos ambientais de grande porte, especialmente considerando o impacto da pecuária nas mudanças climáticas.
