
Salvador acordou mais uma vez com aquela notícia que ninguém quer ler, mas que infelizmente já virou rotina em tantas cidades brasileiras. Na noite de quinta-feira, enquanto a orla respirava aquele ar típico de fim de semana chegando, a violência resolveu dar as caras no trecho entre o Farol da Barra e o Porto da Barra.
Pois é, meus amigos. Um turista de 28 anos, que veio curtir as belezas da nossa Bahia, acabou encontrando o lado mais sombrio da cidade. Por volta das 21h, ele caminhava tranquilamente quando dois indivíduos — a polícia ainda trabalha para identificá-los — resolveram que iam dar o golpe.
O que exatamente aconteceu?
A cena foi rápida e brutal. Os suspeitos se aproximaram do rapaz exigindo seus pertences. O turista, num ato de quem não quer se render ao medo, tentou reagir. E foi aí que a situação degringolou completamente.
Um dos criminosos sacou uma faca. Não deu tempo de pensar, de correr, de nada. O golpe veio rápido, atingindo o braço do moço. Os bandidos fugiram sem levar nada — o que deixa a gente pensando: será que valeu a pena? Um homem ferido, trauma para toda vida, e eles nem conseguiram o que queriam.
E o turista? Como ficou?
O socorro chegou rápido, graças a Deus. O SAMU apareceu no local e fez os primeiros atendimentos. O ferimento, apesar de assustador, não era grave. Mas convenhamos: não é sobre a gravidade física apenas, né? É sobre a marca que fica, o susto, a quebra da confiança.
Ele foi levado para o Hospital Geral do Estado, e os médicos conseguiram estabilizar o quadro. O braço foi suturado, e o rapaz recebeu alta ainda na mesma noite. Mas a cicatriz emocional? Essa vai demorar bem mais para fechar.
O que me deixa pensando aqui: até quando nossos pontos turísticos, que deveriam ser cartões-postais de alegria e acolhimento, vão continuar sendo palco desse tipo de violência?
E a segurança? O que dizem as autoridades?
A Polícia Militar já iniciou as investigações, mas até o momento não há informações sobre a captura dos envolvidos. É aquela velha história: os bandidos somem na noite, e a população fica com o gosto amargo na boca.
O pior de tudo é saber que não é um caso isolado. A orla de Salvador, especialmente esse trecho entre Barra e Porto da Barra, tem registrado ocorrências similares nos últimos meses. Parece que a impunidade criou um terreno fértil para esse tipo de crime.
E os turistas? Coitados. Vêm para cá com expectativa de praias lindas, comida boa e um povo acolhedor — e acabam levando na bagagem uma experiência traumatizante.
Reflexão necessária
Enquanto escrevo isso, não consigo evitar uma certa revolta. Salvador é uma cidade tão rica culturalmente, tão cheia de potencial turístico. Mas de que adianta ter belezas naturais de tirar o fôlego se as pessoas não se sentem seguras para apreciá-las?
A verdade é que casos como esse mancham não apenas a imagem da cidade, mas a experiência de quem escolhe nos visitar. E no final, quem paga o pato somos nós, baianos, que vemos nossa terra sendo associada à violência.
Espero — e torço — para que as autoridades encontrem uma solução efetiva para essa situação. Porque convenhamos: ninguém merece ter medo de caminhar na orla ao entardecer.