Um crime violento interrompeu as comemorações de torcedores do Flamengo no Distrito Federal na noite de sábado, 29 de junho. Fellype Vinhas de Jesus, de 29 anos, foi morto a tiros dentro de um bar localizado na quadra 109 de Santa Maria, região administrativa do DF. O ataque ocorreu por volta das 22h30, momento em que os clientes festejavam a vitória do time rubro-negro na Copa Libertadores.
Detalhes do ataque e prisão dos suspeitos
De acordo com relatos e imagens capturadas por testemunhas, dois homens chegaram ao estabelecimento comercial, o Churrasquinho Tá na Área, e um deles efetuou diversos disparos contra as pessoas no local. Após o ataque, os indivíduos fugiram em um carro de cor preta.
A Polícia Civil agiu rapidamente e identificou os supostos autores. Benedito Aristides é apontado como o autor material dos tiros. Ele já possui registros policiais por porte ilegal de arma, roubo e porte de entorpecentes. Cristiano Conceição de Souza é suspeito de ter participado do crime e também tem passagens por uso de drogas e perturbação do sossego.
Os dois foram localizados e presos na cidade de Caldas Novas, em Goiás, a quase 300 quilômetros de distância do local do crime. Com eles, foram apreendidos o veículo utilizado na fuga, a arma do crime e alguns aparelhos celulares.
Vítimas e consequências do episódio
Além de Fellype, que não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional do Gama, outras duas pessoas ficaram feridas. Um homem de 41 anos levou um tiro na perna e uma mulher de 32 anos foi atingida no abdômen. Ambos foram atendidos no Hospital Regional de Santa Maria.
Em nota oficial, o bar Churrasquinho Tá na Área lamentou profundamente o ocorrido e se solidarizou com as famílias e amigos das vítimas. O estabelecimento afirmou que o fato foi "externo, inesperado e totalmente alheio" ao seu funcionamento, destacando seu histórico de segurança e repudiando qualquer ato de violência.
Investigação e perfil das partes envolvidas
A 33ª Delegacia de Polícia de Santa Maria é responsável pelas investigações, que buscam esclarecer a motivação exata do crime. A Polícia Militar já adiantou que, segundo informações preliminares, o caso não tem relação com brigas entre torcidas organizadas.
Os investigadores também analisam os antecedentes das partes. A vítima, Fellype Vinhas de Jesus, possuía passagens pela polícia por crimes como porte ilegal de arma de fogo, violência doméstica (Lei Maria da Penha), desacato, direção perigosa e tentativa de homicídio.
O caso chama a atenção para a violência urbana e a facilidade de acesso a armas de fogo, mesmo por indivíduos já conhecidos pelas autoridades. A polícia segue no trabalho de colher provas e depoimentos para consolidar a acusação contra os dois suspeitos presos.