Onda de Reações Violentas a Assaltos em SP Gera Alerta entre Autoridades
Reações violentas a assaltos em SP preocupam polícia

O paulistano anda com os nervos à flor da pele — e não é pra menos. Nos últimos tempos, uma tendência preocupante vem chamando a atenção das forças de segurança: cada vez mais pessoas estão revidando durante assaltos na capital. E os resultados, bom, variam entre o heroico e o trágico.

Imagina a cena: você está indo pro trabalho, distraído com o celular, quando do nada um meliante aparece. A reação instantânea? Muitos estão preferindo o confronto à submissão. Loucura? Talvez. Mas compreensível numa cidade onde o cidadão comum já atingiu seu limite.

Os números que assustam

Os dados são eloqüentes — e alarmantes. Só nos últimos meses, os registros de reações violentas durante crimes aumentaram consideravelmente. As delegacias estão abarrotadas de casos onde a vítima decidiu não ser mais vítima. O problema é que essas histórias raramente terminam bem.

Numa dessas ocasiões recentes, um motoboy simplesmente se cansou de ser alvo fácil. Quando abordado, reagiu com uma fúria que surpreendeu até os policiais. Sobreviveu? Sim. Mas passou semanas se recuperando no hospital.

O que dizem os especialistas

Conversando com agentes de segurança — esses profissionais que veem de tudo um pouco —, a opinião é praticamente unânime: reagir pode ser a pior opção. "A gente entende o desespero, mas a vida vale mais que qualquer pertence", me disse um delegado experiente, com aquela cara de quem já viu coisas que preferia não ter visto.

E não é só papo de quem está do lado de fora da situação. Até os próprios policiais, treinados para essas circunstâncias, hesitam em recomendar qualquer tipo de confronto. A razão é simples: você nunca sabe com quem está lidando. O assaltante pode estar armado, drogado, ou simplesmente desesperado — uma combinação explosiva.

O outro lado da moeda

Mas espera aí — será que a culpa é sempre da vítima? Dá pra criticar alguém que, após ser roubado pela quinta vez no mês, simplesmente explode? É complicado. A sensação de impotência diante da criminalidade corrói qualquer paciência.

Tenho um amigo — vamos chamá-lo de Carlos — que virou estatística mês passado. Dois caras numa moto, a velha história. Só que dessa vez ele decidiu que não ia entregar o celular. Resultado: um tiro na perna e uma lição aprendida da maneira mais dura possível.

E agora, José?

O que fazer então? Fingir que está tudo bem enquanto levam seus pertences? A verdade é que não existe resposta fácil. As autoridades sugerem o óbvio: cooperar, observar detalhes e fazer a ocorrência. Mas convenhamos — quando o suor escorre pela testa e o coração acelera, a razão muitas vezes vai pro espaço.

O certo é que São Paulo vive um momento delicado. De um lado, cidadãos exaustos com a insegurança. Do outro, criminosos cada vez mais ousados. E no meio disso tudo, as forças de segurança tentando — com recursos limitados — evitar que a situação descambe pro caos total.

Uma coisa é certa: enquanto não houver soluções estruturais, cada um vai continuar fazendo o que acha melhor na hora H. E torcer — muito — pra dar certo.