A polícia de São Paulo continua sem pistas concretas sobre o assassino do professor e advogado Fábio Schlichting, de 41 anos, cujo corpo carbonizado foi encontrado na última segunda-feira, 24 de novembro, no bairro Jardim Ângela, na zona sul da capital paulista.
Detalhes do crime violento
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Fábio possuía formação em Letras pela PUC-PR, com especialização em português e inglês, e posteriormente concluiu o curso de Direito no Centro Universitário Curitiba.
Com domínio de cinco idiomas, o profissional trabalhava como professor de inglês e português na Escola Suíço-Brasileira, instituição de alto padrão localizada no Alto de Boa Vista. Também lecionava inglês jurídico na consultoria Bilingual Minds e atuava como consultor na área de direito internacional.
Sumiço e descoberta do corpo
A investigação teve início quando o companheiro de Fábio, que é médico, registrou um boletim de ocorrência virtual relatando o desaparecimento do professor. Ele contou à polícia que havia saído para uma festa por volta das 23h de sábado, 22 de novembro, deixando Fábio no apartamento onde viviam juntos.
Ao retornar às 7h do domingo, não encontrou o parceiro no local. O porteiro informou apenas que o professor havia saído de carro, sem saber o horário exato. O médico relatou que tentou contato por telefone e mensagens, sem sucesso, e procurou amigos, familiares e hospitais da região, mas ninguém tinha informações sobre o paradeiro de Fábio.
O caso tomou um novo rumo quando o irmão de Fábio conseguiu informações sobre a possível localização do veículo do professor. Policiais militares foram acionados e encontraram o carro, um Renegade, trancado na Rua dos Clarins, no Jardim Ângela.
A suspeita inicial da família se confirmou de forma trágica: o corpo de Fábio estava dentro do veículo, parcialmente carbonizado e com sinais de violência. Os peritos constataram a presença de sangue no local.
Repercussão e homenagens
Nas redes sociais de Fábio, são frequentes os registros de palestras e eventos sobre temas como direito migratório e legislação dos Estados Unidos. A subseção Jabaquara da OAB emitiu nota pública lamentando a morte do advogado e informou que o velório ocorreu no Cemitério Municipal de Vinhedo na tarde de quarta-feira, 26 de novembro.
A Escola Suíço-Brasileira enviou comunicado aos alunos confirmando a morte do docente, descrito como "vítima da violência urbana", e informou que equipes pedagógicas e multidisciplinares, apoiadas por especialistas em situações de luto, estão disponíveis para prestar apoio à comunidade escolar.
Enquanto isso, em Salvador, outro caso chama a atenção: o psiquiatra Rodrigo Barros Cavalcanti, de 35 anos, foi encontrado morto com sinais de violência em sua residência no bairro Patamares. A polícia trata o caso como homicídio e investiga autoria e motivação, enquanto prefeitura e Cremeb lamentam a perda do profissional.