Pichações tomam conta de pontos históricos e públicos
A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, enfrenta uma onda de pichações que está atingindo prédios públicos, monumentos históricos e pontos de ônibus. Os atos de vandalismo têm se espalhado por diferentes regiões da cidade, criando um cenário de abandono e deterioração do espaço urbano.
Locais mais afetados pelo vandalismo
Entre os principais alvos dos vândalos estão as praças Schimidt e Camões, os pontos de ônibus localizados na rotatória das avenidas 13 de Maio e Capitão Salomão, Independência e Meira Júnior. A Escola Estadual Cônego Barros também teve seu muro pichado, assim como o pontilhão da Via Norte.
O arquiteto e urbanista João Carlos Correia analisa que a resposta da administração municipal precisa ser mais rápida. "Se você não cuida, 'ah, já que ninguém cuida, vou acabar de vandalizar tudo isso aí'. Isso é uma verdade. O que precisa realmente é 'viu, conserta, viu, conserta'", afirma o especialista.
Sensação de abandono e insegurança
A população local tem manifestado insatisfação com a situação. A manicure Euraci Rodrigues desabafa: "É horrível, horroroso. Feio mesmo, deixa a cidade horrorosa. Quem não conhece, fica horrorizado".
Luis Claudio Rufino, que trabalha com manutenção e frequenta o Centro da cidade, compartilha da mesma opinião: "É muito feio. Qualquer um que passar aqui vai reclamar. Estraga a cidade. Para quem está vindo pela primeira vez, fica com a sensação de abandono".
Soluções propostas para o problema
João Carlos Correia sugere medidas práticas para combater o vandalismo: "Tem meios de coibir? Tem. É instalar câmeras em lugares que são importantes e você controla isso". O urbanista também menciona a existência de materiais modernos que repelem pichações, facilitando a limpeza.
No entanto, Correia ressalta que apenas ações de manutenção não resolvem o problema completamente. "Você tem de ter essas políticas voltadas à cultura, de pegar esse pessoal e mostrar a importância que tem um monumento, que tem um edifício tombado", defende o especialista.
A RP Mobi, empresa que administra o trânsito na cidade, informou que repudia atos de vandalismo e orienta a população a acionar a Polícia Militar ou Guarda Municipal quando flagrar situações do tipo.
A Prefeitura de Ribeirão Preto afirmou que já incluiu os pontos mencionados na reportagem em seu cronograma de reparos e que a Guarda Municipal realiza patrulhamento para combater os atos de vandalismo.