O calor de agosto em Manaus ficou ainda mais pesado com uma cena digna de filme de terror — só que real. Uma turba enfurecida transformou uma delegacia em cenário de caos depois que um homem, suspeito de assassinar a própria companheira a facadas, foi levado para lá.
Não deu outra. O povo, com aquela mistura de revolta e sede de justiça que às vezes vira combustível para barbaridade, arrebentou portões, quebrou tudo que viu pela frente e tentou pegar o acusado para um "acerto de contas" no estilo old school — daqueles que não acabam bem.
O estopim
Tudo começou com um crime que já é rotina triste no Brasil: mais um feminicídio. A vítima, uma mulher de 32 anos, foi encontrada morta na Zona Leste com múltiplos golpes. O principal suspeito? O parceiro dela, é claro. Quando a polícia prendeu o cara, a vizinhança já tava com os nervos à flor da pele.
"A gente cansa de ver isso todo dia", disse uma moradora pra câmera, com a voz embargada. "Mas hoje a coisa fugiu do controle." E como!
O vídeo que chocou
Nas imagens que circularam feito rastilho de pólvora nas redes, dá pra ver:
- Gente escalando muro como se fosse jogo de GTA na vida real
- Pedras voando contra as janelas da delegacia
- Policiais tentando segurar a onda — sem muito sucesso
Em dado momento, um senhor de meia-idade chega a pegar um pedaço de madeira pra arrombar a porta. "É pra ele sentir o gosto do que fez!", gritava.
E agora, José?
O suspeito acabou transferido às pressas pra outra unidade — com escolta reforçada. Mas o estrago já tava feito: delegacia depredada, policiais exaustos e aquela pergunta que não quer calar: até onde vai a justiça pelas próprias mãos?
Especialistas em segurança pública já soltaram o verbo: "Isso é sintoma de uma sociedade que não acredita mais no sistema", disparou um deles. Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta — tem quem defenda a ação popular e quem condene com veemência.
Uma coisa é certa: o caso vai render muita conversa nos botecos de Manaus nos próximos dias. E você, o que acha? Até onde vai o direito da população de fazer justiça quando o Estado parece falhar?
