Nada mais parecia um dia comum em Maravilha, no oeste de Santa Catarina. O sol escaldante do meio-dia, típico de agosto, contrastava com o caos que se instalou em poucos segundos. Dentro de uma loja local — daquelas que todo mundo conhece, com prateleiras cheias e atendentes sorridentes —, um barulho seco ecoou. Não era um balão estourando, nem um objeto caindo. Era o som que ninguém quer ouvir: tiros.
Segundo testemunhas — e aqui a voz delas treme ao relatar —, uma mulher, ainda não identificada oficialmente, foi atingida. "A gente nem acreditou no que tava vendo", conta um cliente que preferiu não se identificar. "Ela caiu no chão, e todo mundo correu pra sair. Parecia filme, mas era de verdade."
O que se sabe até agora?
A polícia chegou rápido, mas o autor do crime — sim, porque isso não foi acidente, foi ação de alguém — já tinha sumido. Sumiu feito fumaça. Ninguém sabe direito o motivo. Briga? Ajuste de contas? Ninguém arrisca um palpite concreto. O que resta é o silêncio pesado e as perguntas sem resposta.
Ah, e detalhe: a loja ficou fechada o resto do dia. Aquele lugar que antes vendia coisas simples, de todo dia, virou cenário de uma cena que ninguém esquece. A fita amarela da polícia demarcando o espaço parecia um lembrete cruel: a violência não avisa quando chega.
E agora?
A delegacia regional já abriu inquérito. Os investigadores — gente que vive de desvendar esses mistérios trágicos — estão atrás de imagens de câmeras de segurança. Será que o assassino apareceu nelas? Será que ele é da cidade ou veio de fora? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar.
Enquanto isso, Maravilha, que tem nome de conto de fadas, acorda com um gosto amargo na boca. Porque, no fim das contas, violência assim não deveria acontecer em lugar nenhum — muito menos num cantinho pacato como esse.
