
Era por volta das 14h quando o silêncio da Zona Leste de Manaus foi quebrado por rajadas de tiros. Não foram dois, três... mas mais de dez disparos que ecoaram pelas ruas do bairro. A cena que se seguiu foi de caos — moradores em pânico, gritos, e no centro de tudo, um jovem caído no chão, vitimado pela violência que insiste em assombrar a cidade.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, com medo de represálias — os assassinos chegaram em duas motos. Agiram rápido, como quem conhece o ofício. "Foi tudo muito rápido, parecia cena de filme", contou um comerciante da região, ainda visivelmente abalado.
O que se sabe até agora
A polícia ainda trabalha com hipóteses. Seria acerto de contas? Vingança? O certo é que a vítima, cuja identidade ainda não foi divulgada, não teve chance. Os tiros foram certeiros, muitos deles na região da cabeça e do tórax. Brutalidade pura.
No local, os peritos encontraram mais de dez cápsulas de pistola 9mm. Arma preferida do crime organizado, diga-se de passagem. O corpo foi encaminhado ao IML, enquanto a família — essa sim, a verdadeira vítima nessa história toda — aguarda por respostas que talvez nunca venham.
A rotina do horror
O que mais assusta não é o fato em si, mas a banalização. Crimes assim já viraram rotina em Manaus. Só neste ano, quantos casos semelhantes? A população, cansada, parece ter desenvolvido uma espécie de imunidade emocional — até a próxima tragédia, é claro.
Enquanto isso, a PM promete reforçar o policiamento na região. Promessa velha conhecida, que ecoa vazia para quem vive sob constante medo. "A gente só quer viver em paz", desabafa uma moradora, enquanto observa o local do crime, já limpo, como se nada tivesse acontecido.