
Era meio-dia quando o sol escaldante de Manaus iluminou mais um episódio de barbárie. Dona Maria, vendedora de tapioca há 20 anos na esquina da Rua 7 de Setembro, ainda tremia ao contar: "Ele veio correndo, gritando, e deu três facadas no seu Antônio. Parecia filme de terror — mas era real, bem na minha frente".
O caso aconteceu no coração do bairro Redenção, zona centro-oeste da capital amazonense. O idoso, de 68 anos, foi surpreendido pelo agressor enquanto comprava pão na padaria do seu Manuel. Testemunhas afirmam que o suspeito — conhecido na região por envolvimento com pequenos furtos — agiu com frieza, sumindo entre as vielas após o crime.
O que se sabe até agora:
- Vítima está estável no Hospital 28 de Agosto
- Suspeito seria um homem de ~35 anos, tatuagem no pescoço
- Motivo do ataque ainda não esclarecido
O clima no bairro? Tensão pura. "A gente vive com medo", desabafa o pedreiro Raimundo, mostrando as câmeras de segurança que instalou na própria casa. E não é pra menos — só neste mês, a Delegacia do Distrito Integrado (DDI) registrou 14 ocorrências de violência na região.
E agora?
Enquanto a Polícia Civil corre contra o tempo para prender o facínora (que, diga-se, continua solto), os moradores improvisam soluções. Criaram um grupo no WhatsApp para alertas rápidos e pressionam a prefeitura por mais iluminação pública. Será suficiente? Difícil dizer.
Uma coisa é certa: o caso escancara a velha ferida da segurança pública em Manaus. E deixa no ar aquela pergunta que não quer calar — até quando?