Tragédia em Uberaba: Homem é esfaqueado dentro de mercearia e morre após pedir socorro a vizinha
Homem esfaqueado em mercearia morre em Uberaba

A tarde de quarta-feira em Uberaba começou com a rotina pacata de sempre, mas terminou em sangue e luto. Por volta das 15h, no bairro Abadia, a vida de um homem de 48 anos foi interrompida de forma brutal — e o que deveria ser uma compra rápida numa mercearia local se transformou numa cena de pesadelo.

Testemunhas ainda tentam processar o que viram. Dentro do estabelecimento comercial, uma discussão aparentemente comum degenerou numa agressão fatal. O que começou com palavras duras rapidamente escalou para algo muito pior. E de repente — facadas. Várias.

Últimos momentos de vida

O mais angustiante? A vítima, mesmo gravemente ferida, ainda teve forças para buscar ajuda. Conseguiu sair do local e caminhou — cambaleante, ensanguentado — até uma casa nas proximidades. Bateu à porta de uma vizinha, já desesperado.

"Ele chegou aqui completamente coberto de sangue", contou a moradora, ainda em choque. "Mal conseguia falar, mas dava pra ver o pânico nos olhos. A gente tentou fazer o que podia, chamamos a ambulância na hora."

Os socorristas do SAMU chegaram rapidamente, mas o quadro era crítico. As facadas foram profundas, atingindo regiões vitais. No caminho para a Santa Casa, ainda na ambulância, o homem acabou sucumbindo aos ferimentos. Uma morte que, segundo quem acompanhou o caso, poderia ter sido evitada.

O que a polícia descobriu até agora

A Delegacia de Homicídios assumiu as investigações — e o que eles já sabem é preocupante. As câmeras de segurança da região foram recolhidas, e os depoimentos estão sendo cruzados. Parece que a discussão inicial teria sido por motivos fúteis, algo banal que ninguém imaginaria que terminaria assim.

O mais revoltante? O autor simplesmente fugiu. Deixou o homem sangrando no chão da mercearia e desapareceu na paisagem urbana como se nada tivesse acontecido. Até agora, continua foragido — um fantasma que a polícia tenta localizar.

Moradores da região andam apreensivos. "A gente não espera por uma coisa dessas aqui", comenta um comerciante local que preferiu não se identificar. "É um bairro tranquilo, todo mundo se conhece. Ver uma violência dessas tão perto de casa deixa todo mundo com medo."

Padrão preocupante

O que mais choca nesses casos — e infelizmente temos visto vários — é a banalização da violência. Discussões corriqueiras, desentendimentos mínimos que, num piscar de olhos, viram tragédias irreversíveis. Uma faca puxada no calor do momento, um impulso fatal, e famílias inteiras são destruídas.

Enquanto isso, a vizinha que tentou ajudar ainda se pergunta se poderia ter feito mais. "A cena não sai da minha cabeça", desabafa. "Ele era tão jovem ainda... E agora uma família perdeu alguém por causa de uma briga estúpida."

A polícia segue com as investigações e pede que anyone com informações — por menores que pareçam — entre em contato. Às vezes são os detalhes mais insignificantes que resolvem casos assim.