Tragédia em Divinópolis: Garçom baleado em ponto de ônibus não resiste aos ferimentos
Garçom baleado em ponto de ônibus em Divinópolis morre

O que era pra ser mais uma segunda-feira comum terminou em tragédia. Naquele 9 de setembro, por volta das 22h30, o ponto de ônibus no Bairro Danilo Passos – um lugar que deveria ser de espera, de passagem – se transformou num palco de violência inexplicável.

Eduardo Silva de Paula, 27 anos, garçom, voltava do trabalho. Esperava o transporte, cansado, pensando no dia seguinte. De repente… disparos. Dois homens num carro prata, ainda não identificados, simplesmente abriram fogo. Por quê? Até agora, ninguém sabe. A violência às vezes não precisa de motivo, parece.

Ele chegou ao Hospital São João de Deus com vida, mas a situação era crítica. Quatro dias na UTI, lutando – a família naquela angústia conhecida por tantos brasileiros. Esperança, medo, desespero. Na sexta-feira, 13 de setembro, Eduardo não resistiu. O trauma da bala foi maior.

Um rosto, uma história, não apenas mais um número

Eduardo não era apenas "a vítima". Era filho, amigo, trabalhador. Um cara que servia mesas, ouvia histórias, tentava construir algo. Sua morte deixa um vazio que estatísticas não preenchem.

Divinópolis, uma cidade do interior mineiro que deveria ser mais tranquila, agora se pergunta: onde foi que a coisa desandou? Esse é o segundo homicídio no município em 2025, mas o primeiro desde maio. Uma trégua quebrada de forma brutal.

O que resta depois do tiroteio?

Além da dor, fica a investigação. A Polícia Militar registrou o caso como tentativa de homicídio – agora, obviamente, homicídio consumado. O carro prata, os dois homens… pistas que parecem fugidias. Quem eram? Alvo era ele ou foi erro? A Delegacia de Homicídios tenta juntar as peças desse quebra-cabeça macabro.

Enquanto isso, a cidade tenta digerir mais essa perda. Pontos de ônibus, que deviam ser abrigos, tornam-se lugares de medo. A pergunta que fica, ecoando nas ruas: até quando?

O enterro aconteceu no sábado, no Cemitério Municipal, um ritual de despedida carregado de uma injustiça silenciosa. A família pede justiça – uma palavra que, nessas horas, soa tão distante.