
Era pra ser mais um dia normal de trabalho. O sol escaldante de João Pessoa, o trânsito caótico das quatro da tarde, a correria para entregar mais uma encomenda. Mas em um piscar de olhos, a rotina se transformou em tragédia.
Na Rua Professor João Ferreira Lima, no bairro de Cruz das Armas, cenas de horror se desenrolaram nesta quarta-feira (21). Um homem — ainda não identificado oficialmente — pilotava sua motocicleta quando foi surpreendido por criminosos. Os tiros ecoaram pela vizinhança, causando pânico entre moradores e comerciantes.
Testemunhas, ainda sob choque, relatam que tudo aconteceu rápido demais. "Ouvi uns estampidos secos, pensei que fosse rojão", conta uma moradora que preferiu não se identificar. "Quando olhei pela janela, vi o motociclista caído no chão, e a moto ainda ligada, fazendo aquele barulho triste."
Fuga Covarde
Os assassinos — sim, no plural, porque essa covardia raramente vem de uma só pessoa — fugiram rapidamente. Deixaram para trás apenas o silêncio perturbador que segue a violência, e uma vida interrompida brutalmente.
O que me deixa perplexo é a frieza. Executar alguém em plena luz do dia, numa rua movimentada? Isso demonstra uma ousadia criminosa que deveria preocupar a todos nós.
A Vulnerabilidade dos Entregadores
Essa categoria — os guerreiros das plataformas de delivery — trabalha sob risco constante. Pressão por tempo, trânsito perigoso, e agora a ameaça latente da violência urbana. Quantos mais precisarão ser sacrificados antes que algo mude?
As câmeras de segurança da região capturaram imagens do crime. A Polícia Civil já iniciou investigações, mas até o momento não há informações sobre motivação ou autoria. Seria assalto? Acerto de contas? A falta de respostas só aumenta a angústia da comunidade.
O corpo foi encaminhao ao Instituto Médico Legal. A moto, uma Honda CG 160, permaneceu no local como testemunha silenciosa da barbárie.
Enquanto isso, nas redes sociais, o clima é de indignação. Moradores da capital paraibana questionam a escalada da violência e exigem medidas concretas. Até quando nossas ruas serão palco de cenas como essa?