
Era uma manhã como qualquer outra no Tatuapé — até que não foi. Por volta das 7h30 desta quarta (7), um trabalhador que cortava caminho por uma área verde próximo ao Córrego do Tatuapé deparou-se com uma cena digna de filme policial: um corpo totalmente carbonizado, quase irreconhecível, abandonado como se fosse lixo.
"Pensei que fosse um boneco de treinamento da Defesa Civil", confessou o homem, que preferiu não se identificar. "Quando vi que era real... bem, digamos que meu café da manhã voltou."
Cena do crime
O local — um terreno baldio entre a Rua Coelho Lisboa e o córrego — é daqueles que os moradores evitam à noite. "Aqui sempre teve uns problemas, mas nada assim, tão... macabro", comentou Dona Marta, dona de um boteco nas redondezas, enquanto ajustava os óculos para olhar a movimentação policial.
Os peritos trabalharam por horas:
- Vestígios de pneus queimados próximos ao corpo
- Nenhum documento ou objeto pessoal encontrado
- Possível uso de acelerante (gasolina ou álcool)
"Pelo nível de carbonização, o indivíduo pode ter sido queimado em outro local e depois transportado", especulou um delegado que pediu para não ser nomeado. Coisa de filme? Talvez. Mas é a realidade que assombra o bairro.
Reações e investigação
Nas redes sociais, os grupos de WhatsApp da região fervilharam. Teorias iam desde acerto de contas do tráfico até crimes passionais — porque, convenhamos, quando algo assim acontece, todo vira especialista em criminalística.
A Polícia Civil, por sua vez, mantém o pé atrás:
- Aguardam laudos do IML para confirmar sexo e idade da vítima
- Verificam câmeras de segurança em um raio de 1km
- Mapeiam desaparecidos nos últimos 15 dias
Enquanto isso, o cheiro de queimado ainda pairava no ar ao entardecer. E os moradores? Bem, esses agora olham duas vezes antes de passar perto do córrego. Quem pode culpá-los?