A celebração pela conquista do tetracampeonato da Libertadores pelo Flamengo terminou em cena de caos e confusão no Centro do Rio de Janeiro neste domingo (30). O que deveria ser uma festa histórica para a torcida rubro-negra transformou-se em um cenário de confronto entre policiais militares e torcedores.
Intervenção policial com bombas e balas de borracha
Por volta do início da tarde, policiais militares precisaram utilizar bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar a multidão que se concentrava no local. Os agentes de segurança intervieram de forma energética para controlar a situação, que havia fugido do controle.
Testemunhas relataram cenas de pânico entre os presentes, com pessoas correndo em várias direções para escapar dos efeitos do gás lacrimogênio. Pelo menos duas pessoas foram socorridas em macas após os incidentes, segundo informações preliminares. Há ainda relatos de outros feridos entre os torcedores que participavam da celebração.
Multidão esperava jogadores no Circuito Preta Gil
Uma enorme multidão havia se concentrado desde as primeiras horas da manhã para acompanhar a chegada dos jogadores do Flamengo. O ponto escolhido para a exaltação aos campeões da América foi o Circuito Preta Gil, uma homenagem à cantora e apaixonada torcedora rubro-negra que faleceu dias antes.
A expectativa da organização era que aproximadamente 500 mil pessoas participassem das comemorações no local, que recebeu o nome da artista em julho deste ano. O corredor formado pela Rua 1º de Março e pela Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro do Rio, era justamente o mesmo percurso onde saía um dos megablocos de carnaval de Preta Gil.
Chegada atrasada da delegação rubro-negra
O avião com a delegação do Flamengo havia pousado às 10h no Aeroporto Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador. Muito antes disso, porém, as ruas do Centro do Rio já estavam completamente lotadas de torcedores ansiosos para ver seus ídolos.
Os ônibus com os atletas só conseguiram chegar ao local da concentração do desfile por volta das 13h, com significativo atraso em relação ao previsto. O ponto de partida das comemorações foi na Rua 1º de Março, na altura da Rua Buenos Aires, seguindo até as proximidades da Rua Araújo Porto Alegre.
Três torres de som foram instaladas entre a Avenida Nilo Peçanha e a Avenida Almirante Barroso, onde houve uma parada para saudação à torcida antes que a situação degenerasse em confusão.
Até o momento, a Polícia Militar do Rio de Janeiro não se pronunciou oficialmente sobre os motivos que levaram ao início dos conflitos nem sobre a necessidade do uso de força para dispersar os torcedores.
