Um ato de vandalismo atingiu um dos principais símbolos arquitetônicos e religiosos da capital federal na madrugada desta semana. A Catedral Metropolitana de Brasília foi alvo de destruição, com danos significativos em seu sistema de iluminação externa.
Detalhes do ataque à Catedral
O incidente ocorreu na passagem da terça-feira, 2, para a quarta-feira, 3 de julho. Os vândalos invadiram o espaço externo do monumento e arrancaram aproximadamente 16 luminárias, jogando-as dentro do espelho d'água da catedral. Além disso, os criminosos cortaram fios e causaram danos extensos a toda a instalação elétrica do equipamento de iluminação.
O ataque é particularmente revoltante porque o local havia passado por uma recente revitalização. O projeto incluía a atualização do projeto luminoso, a instalação de novas luminárias e a substituição de cabos de cobre por alumínio – uma medida especificamente tomada para tentar reduzir os furtos de metais.
Investimento em manutenção e reparos urgentes
O vandalismo acontece em um momento em que a Catedral recebe atenção especial para sua conservação. Em junho, o Governo do Distrito Federal (GDF) repassou R$ 957 mil à Arquidiocese de Brasília. Esse valor é a primeira parcela de um investimento total de quase R$ 3 milhões, que será liberado em quatro etapas até abril de 2026.
Os recursos, fruto de um acordo entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a Arquidiocese, são destinados a ações de segurança, limpeza, conservação e contratação de pessoal para o monumento. O montante também será usado no restauro de vitrais, esculturas, sinos, pinturas e mobiliário litúrgico, seguindo as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Resposta aos danos e busca por responsáveis
A empresa CEB Iluminação Pública e Serviços já iniciou os trabalhos de reparo na quinta-feira, 4. Os serviços devem se estender por vários dias devido à complexidade técnica e à necessidade de reposição de equipamentos especiais.
O g1 tentou contato com a Arquidiocese de Brasília e com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), órgãos responsáveis pela segurança do local, mas não obteve retorno até a publicação da notícia original. A população pode colaborar denunciando casos suspeitos à polícia pelo telefone 190.
Este ataque a um patrimônio histórico e cultural de todos os brasileiros levanta novamente a discussão sobre a proteção de monumentos públicos na capital e a necessidade de medidas eficazes de vigilância e preservação da memória nacional.
