Júlia Rocha, atleta de vôlei, baleada em assalto na Tijuca
Atleta de vôlei baleada em assalto na Tijuca

Atleta de vôlei sobrevive por milímetros a disparo durante assalto

A noite de domingo (23) transformou-se em um pesadelo para a atleta de vôlei Júlia Rocha Marques de Azevedo e sua família. O que começou como um trajeto normal pelas ruas do bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, terminou com a jovem atleta hospitalizada após ser atingida por um projétil durante uma tentativa de assalto.

O momento do crime

Por volta da noite deste domingo, Júlia estava no carro com seus pais na Rua Conde de Bonfim quando criminosos armados se aproximaram do veículo e anunciaram o assalto. De acordo com relatos de testemunhas, o condutor do automóvel, assustado com a situação, acelerou o carro na tentativa de fugir do perigo. A reação desencadeou uma resposta violenta dos bandidos, que efetuaram três disparos contra o veículo.

Um dos projéteis atingiu Júlia Rocha, mas em uma sequência de eventos que ela mesma descreve como milagrosa, a bala não causou danos irreparáveis. Em um desabafo emocionado nas redes sociais, a atleta detalhou: "O projétil entrou pelas minhas costas, mas, graças a Deus, não atingiu minha medula, passou a 1mm da minha coluna e não perfurou nenhum órgão, passando a menos de 1cm da minha bexiga, mas saiu sem causar danos maiores".

Recuperação e reflexão sobre a violência

Apesar do trauma, Júlia demonstra força e otimismo em sua recuperação. Ela confirmou que precisará se afastar temporariamente do vôlei, esporte que tanto ama, para se dedicar integralmente à recuperação. "Estou sendo muito bem cuidada, estou em recuperação e vou precisar me afastar por pouco tempo do vôlei, que é o que eu mais amo fazer, para me recuperar com calma. Mas vou ficar bem e vou voltar ainda mais forte", afirmou a atleta.

Além de compartilhar detalhes sobre seu estado de saúde, Júlia também refletiu sobre o problema da violência urbana que assombra a população. "Ao mesmo tempo, é impossível não sentir uma tristeza profunda pela violência em que estamos vivendo. Não dá para normalizar e muito menos para proteger quem escolhe fazer o mal. A vida é o nosso bem mais precioso, e ontem a minha foi poupada por um milagre", desabafou.

O atendimento à vítima foi realizado inicialmente no Hospital Badim por policiais militares do 6º BPM (Tijuca), que foram acionados para o local do crime. Posteriormente, Júlia foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde recebeu tratamento médico e já teve alta hospitalar.

O caso está sendo investigado pela 19ª DP (Tijuca) como tentativa de assalto, enquanto a atleta se recupera do trauma físico e emocional de uma noite que quase mudou completamente sua história.