Um ataque violento chocou a comunidade escolar de Fortaleza na manhã desta terça-feira (2). Um adolescente de 15 anos feriu gravemente um colega de mesma idade com um objeto cortante dentro das dependências do Colégio Christus, unidade Sul 3. Além do estudante, um professor e uma coordenadora da instituição também foram atingidos ao tentarem intervir.
Pai relata desespero ao encontrar filho "todo cortado"
O comerciante Haig Adamian Junior, pai da vítima, descreveu com angústia o momento em que viu o filho após o ataque. "Meu filho levou mais de dez facadas dentro do colégio. Que colégio é esse? Isso é um absurdo!", declarou. Ele contou que deixou o adolescente na escola e, pouco depois, recebeu uma ligação urgente para retornar ao local.
"Quando cheguei aqui me deparei com duas ambulâncias, mais de três viaturas da Polícia Militar, aí vi que era grave a situação. Quando visualizei meu filho, eu não acreditei. O menino todo cortado", relatou o pai. O estudante sofreu mais de dez cortes no rosto e precisou ser submetido a uma cirurgia.
Detalhes do ataque e situação dos envolvidos
De acordo com relatos de familiares, o agressor, também de 15 anos, levou a vítima ao banheiro da escola, onde desferiu cerca de dez golpes com um canivete, a maioria atingindo o rosto do colega. Um professor e uma coordenadora, ao presenciarem a cena, tentaram separar os adolescentes e acabaram feridos. O educador foi atingido no ombro.
Em nota oficial, o Colégio Christus confirmou o incidente e informou que nenhum dos feridos corre risco de vida. A instituição afirmou que os três envolvidos receberam atendimento médico e já tiveram alta. A escola também declarou que está colaborando com as autoridades e que, por envolver menores de idade e haver investigação em curso, não divulgará detalhes adicionais.
O aluno agressor foi conduzido para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi registrado um Ato Infracional análogo ao crime de lesão corporal dolosa.
Questionamentos sobre motivação e conhecimento prévio
Segundo o pai da vítima, os dois adolescentes não se conheciam, pois não eram da mesma sala. "Meu filho estuda aqui desde que nasceu. Ele nem conhece o outro aluno", afirmou Haig Adamian Junior.
Familiares do jovem ferido levantaram a informação de que o agressor tinha problemas psicológicos e que a coordenação do colégio estava ciente da situação. No entanto, não há confirmação oficial sobre a motivação do ataque ou sobre o histórico do adolescente.
A Secretaria da Segurança Pública ainda não divulgou informações sobre a arma utilizada ou as causas do ataque. Enquanto o pai fala em "facadas", uma tia da vítima mencionou ter ouvido relatos de que um canivete foi usado na agressão.
As aulas na unidade onde ocorreu o ataque foram suspensas. O caso segue sob investigação das autoridades competentes, levantando novamente debates sobre segurança e acompanhamento psicológico no ambiente escolar.
