
As câmeras de segurança não mentem — e às vezes mostram cenas que gostaríamos de nunca ter visto. Dessa vez, foi no coração de Higienópolis, um daqueles bairros que todo paulistano imagina ser uma bolha de segurança. O advogado Eduardo Queiroz, de 52 anos, caminhava tranquilamente pela Rua Alagoas quando sua vida foi interrompida de forma brutal e, digamos, quase surreal.
O que começou como mais uma sexta-feira comum terminou em tragédia. Dois homens se aproximaram, e num piscar de olhos, tudo mudou. Um soco — seco, preciso — acertou o rosto do advogado. E aqui vem o detalhe mais cruel: não foi o golpe em si que matou, mas a queda desgovernada que se seguiu.
A Queda Fatal
O corpo de Eduardo simplesmente desabou. Como um boneco de pano, ele caiu de costas, e a cabeça... a cabeça bateu com um baque seco na calçada. Aquele tipo de som que você sabe que não prenuncia nada de bom. O assaltante — um sujeito que parecia saber exatamente o que estava fazendo — nem esperou para ver o estrago. Pegou a mochila da vítima e sumiu na paisagem urbana, deixando para trás uma cena de cinema pesado.
Testemunhas que viram as imagens ficaram arrasadas. "Dá um nó no estômago", confessou um morador que preferiu não se identificar. "Você vê a pessoa caindo em câmera lenta, sabe? E não tem nada que você possa fazer."
O Que as Imagens Mostram
O tal vídeo — que agora está nas mãos da 4ª Delegacia de Homicídios — é mais do que apenas evidência policial. Ele conta uma história triste sobre como a violência urbana pode ser aleatória, impiedosa. Mostra também que às vezes a morte chega por vias tortas: não foi o soco, mas o impacto com o chão que causou o traumatismo craniano fatal.
Os investigadores estão com a pulga atrás da orelha. Será que o assaltante pretendia apenas roubar, ou queria mesmo machucar? A forma como aplicou o golpe sugere certa... expertise, para usar um termo mais técnico.
- O crime aconteceu por volta das 18h30 de uma sexta-feira
- Eduardo voltava do trabalho quando foi interceptado
- Os assaltantes fugiram a pé, misturando-se à multidão
- Até o momento, ninguém foi preso
Um Bairro em Choque
Higienópolis sempre foi daqueles lugares onde as pessoas andam despreocupadas. Agora, o clima mudou. Virou assunto no elevador, no café da manhã, no grupo de WhatsApp do condomínio. "Se aqui está assim, imagina no resto da cidade", comenta uma moradora enquanto espera o Uber.
O caso escancara uma realidade incômoda: nem os bairros mais nobres estão imunes à violência que assola São Paulo. E pior — mostra como um simples assalto pode terminar em homicídio sem que ninguém planeje que termine assim.
Enquanto a família de Eduardo prepara o enterro, a polícia continua nas ruas, tentando encontrar pistas que levem aos responsáveis. Mas convenhamos: num mar de milhões de pessoas, encontrar dois homens sem descrição detalhada é como procurar agulha em palheiro. Uma agulha, diga-se de passagem, que já pode estar bem longe dali.