A Justiça de Alagoas determinou a prisão preventiva do policial militar Weliton Miguel dos Santos, de 34 anos. Ele é o principal suspeito de assassinar o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, dentro de um motel na cidade de Arapiraca, no Agreste do estado.
Detalhes do crime e prisão em flagrante
A decisão judicial foi proferida durante uma audiência de custódia realizada na segunda-feira, dia 15. Inicialmente preso em flagrante, o policial agora cumpre prisão preventiva. Por fazer parte da corporação militar, a Justiça determinou que ele seja recolhido em uma unidade prisional militar.
O crime ocorreu dentro de um quarto de motel. De acordo com as investigações, o PM suspeitava da traição de sua esposa e, para confirmar suas suspeitas, instalou um dispositivo de rastreamento por GPS clandestinamente no carro dela. Foi através desse monitoramento que ele teria localizado o casal no estabelecimento.
Depoimento da esposa e versão do acusado
A esposa do policial prestou depoimento à polícia e confirmou que estava no local com a vítima. Ela relatou aos investigadores que adormeceu e, ao acordar, viu uma pessoa usando capacete atirando contra o enfermeiro, fugindo em seguida. Ela foi ouvida na qualidade de declarante e não está detida, conforme informou o coordenador das Delegacias de Homicídios do Interior, Flávio Dutra.
As imagens das câmeras de segurança do motel corroboram parte da narrativa, mostrando a chegada da mulher do PM ao local na companhia do enfermeiro Ítalo Fernando de Melo.
O policial militar se apresentou espontaneamente às 8h da segunda-feira (15) no 3º Batalhão de Polícia Militar de Arapiraca, onde foi detido por seus próprios colegas. Colegas de farda apreenderam a arma do suspeito aguardando a chegada da Polícia Civil, que efetivou a prisão formal. Weliton Miguel dos Santos nega ter cometido o crime.
Andamento do caso e próximos passos
Com a conversão da prisão em preventiva, o policial permanecerá encarcerado enquanto as investigações prosseguem. O caso, que chocou a cidade de Arapiraca, expõe um suposto crime passional com agravante do uso da função policial para facilitar o rastreamento da vítima. As autoridades seguem apurando todos os detalhes para consolidar a acusação.