
Uma tarde de segunda-feira transformou-se em tragédia para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O Cabo Leonardo Ferreira da Silva, de 35 anos, foi velado e enterrado nesta terça-feira (21) após ser vítima de um tiroteio com outro policial militar - seu próprio colega de farda.
O Incidente que Chocou a Corporação
O episódio ocorreu na última segunda-feira (20), por volta das 16h30, dentro de uma viatura da PM estacionada na Rua São Januário, no bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio. Testemunhas relataram que uma discussão entre os dois policiais escalou rapidamente para a violência.
O cabo Leonardo foi atingido por múltiplos disparos e, apesar dos esforços de socorro, não resistiu aos ferimentos. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) antes de ser liberado para a família.
Última Homenagem ao Cabo Leonardo
O velório do policial militar foi realizado no Cemitério Parque Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste da capital fluminense. Colegas de corporação, amigos e familiares se reuniram para prestar as últimas homenagens ao cabo, descrito como "profissional dedicado e amigo leal" por quem o conhecia.
O enterro aconteceu no mesmo local, marcado por cenas de forte comoção. PMs em uniforme carregaram o caixão e prestaram continência durante o sepultamento, em uma demonstração de respeito ao colega falecido.
Investigação em Andamento
O policial militar acusado de efetuar os disparos foi preso em flagrante no local do crime. A Corregedoria da PMRJ já instaurou inquérito para apurar todas as circunstâncias do caso.
As investigações iniciais indicam que o confronto começou como uma discussão rotineira que saiu completamente do controle. Especialistas em segurança pública alertam que o caso revela as tensões e pressões constantes enfrentadas pelos profissionais da área.
Impacto na Corporação
Este trágico episódio reacende o debate sobre a saúde mental e as condições de trabalho dos policiais militares. A morte de um PM pelas mãos de um colega de trabalho representa um duro golpe para a moral da corporação e levanta questões sobre os mecanismos de prevenção de conflitos internos.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro se pronunciou sobre o caso, destacando que "todos os procedimentos legais estão sendo rigorosamente seguidos" e que a instituição está prestando todo o suporte necessário à família do cabo Leonardo.