Um vídeo que circula nas redes sociais está causando revolta ao mostrar o momento em que um homem é agredido com socos por um policial militar durante uma abordagem na Zona Leste de São Paulo. As imagens, registradas pelas câmeras corporais dos próprios agentes, revelam uma cena de violência que levou ao afastamento de dois PMs.
O que as câmeras corporais registraram
De acordo com as imagens obtidas, a abordagem ocorreu na última terça-feira (28) no bairro de São Mateus. O vídeo mostra o homem sendo contido por dois policiais quando, sem qualquer motivo aparente, um dos agentes desfere vários socos no rosto do cidadão.
A violência foi tão grave que o próprio comando da Polícia Militar determinou o afastamento imediato dos dois envolvidos assim que as imagens foram analisadas. Os agentes foram removidos do serviço operacional e agora aguardam as investigações do Corpo de Bombeiros, que responde pela apuração de casos envolvendo PMs.
Resposta rápida da corporação
A PM emitiu uma nota informando que "determinou o afastamento dos policiais militares envolvidos do serviço operacional após análise das imagens registradas pelas câmeras de videomonitoramento". A corporação destacou que todos os fatos serão apurados pela Justiça Militar e pelo Corpo de Bombeiros.
Investigações em andamento
O caso já está sendo investigado pelo 2º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano e pelo Corpo de Bombeiros. As autoridades buscam determinar:
- O contexto completo da abordagem
- As circunstâncias que levaram à agressão
- Possíveis violações de protocolos de conduta
- Medidas disciplinares cabíveis
Este não é um caso isolado. Recentemente, a implementação das câmeras corporais tem revelado situações de abuso de autoridade que antes ficavam apenas no relato das vítimas. A transparência proporcionada pela tecnologia está se tornando uma ferramenta crucial para a accountability policial.
A população aguarda que as investigações sejam conduzidas com rigor e que, se confirmadas as irregularidades, os responsáveis sejam devidamente punidos. O caso reacende o debate sobre o uso da força pelos agentes de segurança pública e a importância dos mecanismos de controle.
