Legítima Defesa: DH conclui que ação de PM em festa junina no Santo Amaro foi necessária
DH arquiva caso: PM em legítima defesa em festa junina

O Departamento de Homicídios chegou a uma conclusão que, vamos combinar, não agrada a todos — mas que segue a letra da lei. Depois de meses apurando cada detalhe daquela noite conturbada de festa junina no Santo Amaro, o veredicto é claro: o policial militar que matou o jovem Kauan de Souza Lima, de apenas 18 anos, agiu em legítima defesa.

A coisa toda aconteceu no dia 29 de junho, num daqueles arraiais que começam com cheiro de quentão e milho e podem terminar em confusão. E terminou. Por volta das 23h, a PM foi acionada pra conter uma briga generalizada que tinha estourado no local. Segundo testemunhas, a situação era caótica — gente correndo, gritaria, o clima pesado.

O momento do confronto

Eis que o policial chega e se vê diante de Kauan, que estaria armado. O que se seguiu foi rápido demais pra qualquer reflexão. O PM ordenou que o jovem se rendesse, mas em vez disso, Kauan teria feito movimento de ataque. Naquele instante — um daqueles segundos que mudam vidas — o policial atirou.

Um tiro só. Mas bastou.

Kauan foi levado às pressas pro Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu. Morreu no local. Tragédia pura, do tipo que deixa marcas em toda uma comunidade.

A investigação minuciosa

O DH mergulhou fundo no caso. Não foi uma daquelas investigações meia-boca que a gente vê por aí. Os delegados colheram depoimentos de várias testemunhas, analisaram imagens de câmeras de segurança — sim, havia câmeras — e fizeram perícia no local. Tudo foi examinado com lupa.

E o que descobriram? Que a versão do policial se sustentava. As testemunhas confirmaram que Kauan realmente estava armado e fez movimento de agressão contra o PM. Diante disso, a conclusão técnica foi inevitável: legítima defesa.

O laudo do Instituto Médico Legal veio pra corroborar — mostrou que o tiro foi frontal, o que bate com a versão do confronto direto.

E agora?

Com o arquivamento do caso pelo DH, tecnicamente a história acaba aqui. Mas a gente sabe que na vida real as coisas não são tão simples. A família de Kauan — coitados — segue de luto, tentando entender como uma noite de festa terminou em tragédia.

E o policial? Bem, ele retorna ao serviço, mas carregando o peso de ter tirado uma vida. Mesmo que a lei diga que ele agiu certo, ninguém sai ileso de uma situação dessas.

Cases como esse sempre dividem opiniões. Uns vão dizer que a PM é truculenta, outros que cumpriu seu dever. A verdade — se é que existe uma única verdade — provavelmente está no meio-termo, naquele espaço cinza que a gente evita olhar de perto.

Fato é: mais uma vida perdida, mais uma família destruída, mais um policial marcado. E a pergunta que fica é: quando é que a gente vai encontrar um jeito de evitar que noites de festa virem pesadelo?