
A coisa tá feia na Paraíba, e não é pouco. A Justiça acabou de botar o dedo numa ferida que não para de sangrar: mandou fazer a reconstituição de uma chacina que tirou a vida de cinco jovens — crime onde os próprios PMs são apontados como suspeitos. Bayeix, região metropolitana de João Pessoa, vira agora palco de um daqueles capítulos que a gente nunca quer ver, mas precisa encarar.
E olha, a decisão saiu da 1ª Vara da Comarca de Bayeix, sob a batuta do juiz Marcelo de Carvalho Pereira. Ele não só autorizou a reconstituição como deu um prazo: 30 dias, a contar de agora. A Polícia Civil, que já tinha pedido a medida, vai ter que refazer cada passo, cada movimento daquela noite terrível.
Os nomes das vítimas ainda ecoam como um soco no estômago de quem ouve: Wanderson Rafael, José Welliton, Edson Junior, Carlos Eduardo e outro jovem — todos com histórias interrompidas pela violência que, pasmem, pode ter vindo de quem devia proteger.
Os detalhes que arrepiam
Segundo as investigações — e aqui a coisa fica pesada —, os cinco estavam dentro de um carro, um HB20 de cor prata, quando foram abordados. Não deu tempo de reação, não houve chance de defesa. Os tiros vieram de todos os lados, e o que restou foi o silêncio e cinco vidas perdidas.
Os PMs envolvidos, todos lotados no 3º Batalhão, já foram afastados. A corporação garante que colabora com as investigações, mas a suspeita é que a ação tenha partido deles. A versão inicial, de que teria ocorrido um confronto, simplesmente não colou. As evidências contam outra história.
O que esperar da reconstituição?
Bom, a ideia é clara: reencenar cada momento do crime pra tentar fechar o quebra-cabeça. Vão estar lá os peritos, os investigadores, e — atenção — os próprios policiais suspeitos. Sim, eles foram intimados a participar. Vai ser pesado, vai ser tenso, mas é necessário.
E não para por aí. Dois outros homens, que também estavam no carro mas sobreviveram, vão participar do ato. Imagina o psicológico desses caras? Ter que reviver um pesadelo desses… mas é crucial pra justiça ser feita.
O Ministério Público já deixou claro: quer respostas. E a sociedade também. Porque quando a gente não pode confiar nem em quem veste a farda, que segurança nos resta?
Enquanto isso, as famílias das vítimas seguem naquela dor que não passa — esperando que, dessa vez, a verdade venha à tona. A reconstituição marca um passo importante, mas ainda é só o começo de um longo caminho por justiça.