Três policiais militares de São Paulo foram presos na noite desta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, após matar um suspeito de assalto que já havia se rendido e estava desarmado. O caso, registrado no bairro nobre de Moema, na Zona Sul da capital, gerou revolta e levou à abertura imediata de um Inquérito Policial Militar (IPM).
Detalhes da ação criminosa e da intervenção policial
O incidente começou por volta das 20h, quando quatro homens armados e encapuzados, com idades entre 17 e 21 anos, invadiram um sobrado. Dentro da residência, os criminosos fizeram um casal de idosos, ambos de 77 anos, de reféns, trancando-os em um quarto enquanto vasculhavam a casa em busca de objetos de valor.
Um grupo tático da Polícia Militar foi acionado e chegou ao local enquanto os assaltantes se preparavam para fugir. Durante a ação, três suspeitos foram capturados – incluindo um menor de idade – e o quarto, um jovem de 18 anos, foi baleado. A polícia apreendeu as armas, munições e o veículo utilizado no crime.
A morte após a rendição e as prisões dos PMs
O que transformou o caso foi o que aconteceu após a rendição. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as imagens das câmeras corporais (bodycams) usadas pelos agentes mostraram que o suspeito de 18 anos já havia abaixado a arma e se entregado quando foi alvejado pelos tiros.
Diante das evidências, o comandante do batalhão determinou a abertura do IPM e ordenou a prisão dos três policiais militares envolvidos no disparo. Eles tiveram as armas recolhidas e foram encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes, onde aguardam os desdobramentos das investigações, que estão a cargo do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil.
Consequências e investigações em andamento
O jovem baleado foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Vila Mariana, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso reacende o debate sobre o uso da força por agentes de segurança e a importância dos registros das câmeras corporais para apurar condutas.
A SSP reforçou que as investigações seguem em andamento para apurar todas as circunstâncias da morte. A prisão dos PMs logo após o ocorrido demonstra uma resposta institucional rápida diante das imagens que contradizem a legalidade da ação.