
Uma cena de terror tomou conta das ruas do Jardim Florence, em Campinas, na noite de sexta-feira (18), quando uma mulher de 41 anos foi vítima de uma tentativa de feminicídio por parte do ex-companheiro. O caso, que mistura perseguição automobilística, tiros e agressão física, expõe mais uma vez o drama da violência doméstica no interior paulista.
Perseguição nas ruas
De acordo com o relato da vítima à Polícia Civil, tudo começou por volta das 22h30, quando o ex-companheiro, de 47 anos, começou a segui-la de carro pelas ruas do bairro. A perseguição rapidamente escalou para uma situação de extremo perigo quando o agressor passou a disparar contra o veículo da mulher.
"Eu achei que ia morrer. Ele não parava de atirar no meu carro enquanto me perseguia", desabafou a vítima em depoimento. O desespero da mulher aumentava a cada momento, sem saber onde buscar ajuda ou como escapar do ex-parceiro determinado a causar-lhe dano.
Agressão brutal com pedras
Quando conseguiu estacionar o carro na Rua Antônio Lobo, a vítima pensou que encontraria refúgio. No entanto, o pesadelo estava longe de terminar. O agressor saiu de seu veículo armado com pedras e começou a arremessá-las violentamente contra a mulher.
"Ele me acertou na cabeça com uma pedra. Senti a dor e o sangue escorrendo, mas meu maior medo era não sobreviver", relatou a mulher, que ainda carrega as marcas físicas do ataque.
Fuga e busca por ajuda
Com ferimentos na cabeça e em estado de choque, a vítima conseguiu fugir do local e buscar atendimento médico. O ex-companheiro, identificado pelas autoridades, desapareceu do local antes da chegada da polícia e permanece foragido.
O caso foi registrado como tentativa de feminicídio na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas. A Polícia Civil já iniciou as investigações para localizar e prender o agressor, que tem histórico de violência contra a ex-companheira.
Alerta sobre violência doméstica
Este caso se soma aos tristes números da violência contra a mulher no estado de São Paulo. Especialistas alertam que situações de perseguição e ameaça frequentemente precedem casos mais graves de violência doméstica.
Para vítimas de violência doméstica:
Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher
Disque 190 - Emergências Policiais
Procure a Delegacia da Mulher mais próxima