
O silêncio do prédio de classe média em Salvador foi quebrado por um instinto estranho — algo simplesmente não cheirava bem. Literalmente. Foi esse odor fétido, cada vez mais insuportável, que levou um vizinho a tomar uma decisão drástica nesta terça-feira (20). E o que ele encontrou do outro lado da porta vai assombrar a memória daquela comunidade por muito, muito tempo.
Não era vazamento, nem lixo esquecido. Era o cenário de um pesadelo: uma mulher, ainda não identificada, jazia no chão da sala. E ao seu lado, a arma do crime — uma marreta, abandonada com uma frieza que dá arrepios. A polícia acredita que ela já estava morta há pelo menos dois dias. Dois dias! O apartamento ficava no mesmo corredor que o dele, sabia? Isso que é o mais aterrador.
O cheiro que não saía
O caso todo começou com um incômodo. Aquele cheiro forte, do tipo que gruda na garganta, começou a tomar conta do andar. Ninguém aguentava mais. O tal vizinho — um herói involuntário ou apenas um cidadão cansado do mau cheiro? — resolveu investigar. Bateu na porta. Nada. Silêncio total. Aí, a preocupação falou mais alto e ele decidiu arrombar a fechadura. E lá estava ela.
A cena era dantesca. O corpo da mulher apresentava marcas de violência extrema, compatíveis com os golpes de uma marreta. A polícia não encontrou sinais de arrombamento na entrada do apartamento, o que levanta uma pulga atrás da orelha: será que o assassino era conhecido? Alguém que ela deixou entrar?
Reação imediata e investigação
O homem, em pânico, ligou para a Polícia Militar na hora. Os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) correram para o local e isolaram a área. Nada de ser mexido. Nada de contaminação de cena. Eles coletaram todas as evidências possíveis, incluindo a tal marreta, que agora vai passar por uma análise minuciosa.
Até o fechamento desta matéria, a identidade da vítima ainda era um mistério. A delegacia especializada já abriu inquérito para investigar o caso como homicídio doloso — e olha, com a brutalidade que foi, não vai ser difícil encontrar pistas. A perícia deve liberar o corpo ainda nesta quarta-feira (21) para que a família possa fazer o reconhecimento. Que momento devastador.
Moradores da região ficaram assustados. Um crime desses, a luz do dia, em um bairro tranquilo... é de gelar a espinha. A sensação de insegurança tomou conta de todo mundo. E não é para menos.
Enquanto a polícia corre contra o tempo para prender quem fez isso, a pergunta que não quer calar: quantas vidas silenciosas se perdem atrás de portas fechadas, sem que ninguém ouça os gritos? Um cheiro foi o que sobrou. Um cheiro e uma história que Salvador jamais vai esquecer.