Irmã de médica presa por matar ex-marido tenta retirar guarda de criança
Tia tenta retirar guarda de criança após crime em família

Conflito familiar se intensifica após crime violento

Nayara Thais Silva Lima, irmã da médica Nádia Tamires - presa pela morte do ex-marido Alan Carlos - entrou com uma ação judicial buscando retirar a guarda da filha do casal das avós maternas. O caso, que já era marcado pela tragédia do homicídio ocorrido em 16 de novembro, ganhou novos contornos com alegações de abuso sexual.

Laudos de abuso sexual revelados

Os irmãos da vítima, Nayara e Elias, afirmam que existem laudos médicos que comprovam abuso sexual praticado pelo pai, Alan Carlos, também médico, morto no dia 16 de novembro. As informações foram divulgadas através das redes sociais e chegaram ao conhecimento da justiça.

Na ação, a tia alegou que as avós, Josefa Alves de Lima Cavalcante e Cícera Maria de Lima Cavalcante, não possuíam condições psicológicas e sociais adequadas para cuidar da criança. O pedido foi protocolado e analisado pelo sistema judicial.

Decisão judicial mantém guarda com avós

O juiz plantonista de Palmeira dos Índios, Ewerton Luiz Chaves Carminati, negou o pedido de urgência formulado pela tia. Em decisão tomada na segunda-feira (23), o magistrado explicou que a guarda já havia sido concedida às avós apenas seis dias antes, em determinação anterior.

O juiz destacou ainda que os documentos apresentados por Nayara para questionar a capacidade das avós não eram recentes, sendo datados de 2024 e do período compreendido entre 2014 e 2021. Por esse motivo, concluiu que não existia risco imediato que justificasse uma decisão urgente fora do horário de expediente.

Com a decisão, o processo foi transferido para ser julgado por um juiz da Vara de Família na Comarca de Arapiraca, onde deverá ser analisado com mais profundidade.

Caso continua em andamento

A situação familiar permanece delicada, com a mãe da criança presa pelo crime contra o próprio pai da menina. As avós seguem responsáveis pela guarda da neta, enquanto a tia busca através dos meios legais assumir a responsabilidade pelo cuidado da criança.

O caso evidencia as complexas relações familiares que emergem após crimes violentos, especialmente quando envolvem alegações de abuso e disputas pela guarda de menores.