Tenente da PM é preso por manter ex-esposa com Alzheimer em cárcere privado em condições desumanas
Tenente preso por manter ex-esposa com Alzheimer em cárcere

Não é todo dia que a gente vê um caso que mistura autoridade policial, doença degenerativa e violência doméstica — mas quando acontece, é daqueles que dão nó no estômago. Um tenente da PM de Roraima acabou algemado pela própria corporação depois que vizinhos (aqueles heróis silenciosos, né?) acionaram o disque-denúncia.

O motivo? A ex-mulher dele, uma advogada que já brilhou nos tribunais, estava vivendo um pesadelo digno de filme de terror. Com Alzheimer avançado, a vítima — que nem nome vamos divulgar, por respeito — foi encontrada em um quarto sem ventilação, com marcas de negligência e cheiro de urina impregnado. Detalhe macabro: a porta tinha tranca por fora.

"Ela nem lembrava que tinha sido advogada"

Segundo um agente que preferiu não se identificar (e quem pode culpá-lo?), a cena era de cortar o coração. "A gente encontra idoso maltratado, infelizmente, mas uma profissional que dedicou a vida à Justiça... Isso dói diferente", confessou, com a voz embargada. A vítima, que já defendeu casos de violência contra a mulher, agora mal conseguia articular frases completas.

O que mais chocou os investigadores:

  • Remédios controlados vencidos há meses
  • Fraldas geriátricas reaproveitadas
  • Restrição de água "para não sujar muito"

E olha que o acusado — vamos chamá-lo de "Tenente X" — recebia pensão da ex-esposa antes da doença. Ironia cruel ou cálculo frio? O delegado responsável pelo caso deu a entender que há indícios de que o confinamento começou justamente quando os rendimentos dela secaram.

Reação da corporação foi rápida, mas...

A PM se apressou em afastar o militar (óbvio, né?), mas a pergunta que fica é: como ninguém na corporação desconfiou? Um vizinho, dono de um boteco próximo, soltou a frase que resume tudo: "Todo mundo sabia que ele era estourado, mas ninguém imaginava que fosse capaz disso".

Enquanto a vítima recebe cuidados médicos — finalmente —, o ex-marido responde por cárcere privado e maus-tratos. A pena pode chegar a 12 anos, mas sabe como é... Justiça brasileira, né? Torçamos para que, desta vez, a lei não falhe com quem já perdeu quase tudo — inclusive as próprias memórias.