
Um caso de violência doméstica que chocou Roraima mantém um tenente-coronel do Exército Brasileiro atrás das grades. A Justiça decidiu pela manutenção da prisão preventiva do militar, acusado de agredir brutalmente sua esposa e atirar contra o próprio sogro.
Crimes em sequência abalam família
Os episódios violentos ocorreram no último dia 11 de outubro, deixando uma família inteira traumatizada. Segundo as investigações, o militar primeiro agrediu fisicamente sua companheira dentro do lar, em um ataque de fúria que já seria grave por si só.
Mas a situação escalou para níveis ainda mais alarmantes quando o sogro do acusado chegou ao local para prestar socorro à filha. Foi quando o tenente-coronel, em vez de recuar, teria sacado uma arma de fogo e efetuado disparos contra o idoso.
Decisão judicial mantém militar preso
O desembargador Luís Fernando Pires Ribeiro foi categórico ao analisar o pedido de liberdade: a prisão preventiva do militar foi mantida. A decisão levou em consideração a gravidade dos crimes e o risco à segurança da família.
Em sua fundamentação, o magistrado destacou que "os elementos contidos nos autos revelam, de forma cristalina, a materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria". A violência do episódio, segundo o desembargador, justifica plenamente a medida cautelar extrema.
Exército se pronuncia sobre o caso
O Comando Militar da Amazônia, através de sua assessoria, emitiu nota informando que o militar está à disposição da Justiça e que acompanha o desenrolar do processo. A instituição reforçou seu compromisso com a legalidade e afirmou que aguardará o trânsito em julgado da decisão para tomar as providências cabíveis.
O caso serve como um alerta sombrio sobre como a violência doméstica pode atingir qualquer esfera da sociedade, incluindo famílias de militares de alta patente. A manutenção da prisão demonstra que a Justiça não fará concessões quando se trata de proteger vidas em situação de vulnerabilidade.