Produtor musical é detido em Nilópolis após agressão à companheira: caso choca moradores
Produtor preso por violência doméstica em Nilópolis

A noite em Nilópolis, na Baixada Fluminense, terminou com algemas e revolta. Naquele 18 de agosto, por volta das 22h, o que parecia ser mais uma discussão conjugal rotineira descambou para o inaceitável. Vizinhos — aqueles personagens invisíveis que sempre sabem de tudo — ouviram gritos estridentes vindos de um apartamento no centro da cidade.

Não deu outra. Quando a PM chegou, encontrou uma cena que, infelizmente, se repete como um disco riscado: o produtor musical de 34 anos, cujo nome a gente omite pra não dar ibope, estava em fúria. A vítima, sua companheira há três anos, tinha marcas roxas no braço e o olhar daquelas que já cansaram de pedir socorro sem ser ouvidas.

"Ele sempre foi tranquilo", diz amigo

Eis aí a velha história. O agressor, conhecido por trabalhar com artistas da região, teria perdido a cabeça após discussão sobre ciúmes. Testemunhas contam que objetos foram arremessados — um vaso quebrado aqui, um celular espatifado ali — antes que a situação escalasse para as agressões físicas.

O delegado plantonista, um sujeito que já viu cada coisa nessa vida, não teve dúvidas: "Flagrante claro de violência doméstica". O sujeito foi levado pra cadeia tão rápido que nem deu tempo de pedir desculpas pelo WhatsApp. A vítima, entre lágrimas e tremores, recusou atendimento médico, mas aceitou medida protetiva.

E agora, José?

O caso escancara o que a gente já sabe mas finge não ver: violência contra a mulher não escolhe classe social, profissão ou CEP. Enquanto isso, nas redes sociais, os comentários se dividem entre "prende esse lixo" e "mas o que ela fez pra provocar?" — como se existisse justificativa pra covardia.

O produtor, que agora troca o estúdio pela cela, responderá por lesão corporal. A justiça, lenta como sempre, vai decidir seu destino. Mas a pergunta que fica é: quantas outras noites como essa vão passar antes que a sociedade acorde de vez?