Homem preso por torturar e manter companheira em cárcere privado em Jundiaí
Preso suspeito de cárcere privado e tortura em Jundiaí

Vítima sofreu agressões por quase um mês antes de conseguir fugir

Um homem de 47 anos foi preso sob suspeita de cometer uma série de crimes graves contra sua companheira em Jundiaí, no interior de São Paulo. A vítima, uma mulher de 52 anos, foi mantida em cárcere privado e submetida a torturas físicas e psicológicas durante aproximadamente um mês.

O relacionamento entre os dois havia começado há cerca de três meses. No entanto, segundo o relato da mulher à TV TEM, o comportamento violento do parceiro começou a se manifestar após a primeira semana de convivência.

Fuga durante blitz da Polícia Militar

A mulher conseguiu escapar do cativeiro na noite de sábado, 29 de junho. A oportunidade surgiu quando o agressor a mandou sair de casa para comprar drogas. Ao avistar uma viatura da Polícia Militar durante uma blitz no bairro Ivoturucaia, ela não hesitou e pediu socorro aos agentes.

Os policiais acolheram a vítima e a ajudaram a se livrar da situação de terror. Imediatamente, as autoridades foram acionadas e o caso passou a ser investigado. O suspeito foi localizado e preso.

Relato detalha sequência de violências

Em depoimento, a vítima descreveu os momentos de horror que viveu. Ela afirmou que era mantida trancada dentro da residência, onde também era ameaçada e obrigada a consumir drogas e bebidas alcoólicas.

As agressões físicas eram constantes e brutais. “Mais de 10 dias com muita agressão, fiquei toda marcada”, contou ela. Entre os relatos estão:

  • Chutes nas costelas, na cabeça e em outras partes do corpo.
  • Episódios em que era jogada no chão e tinha a cabeça batida.
  • Uma lesão na cintura, causada por um chute, que a deixou dois dias sem conseguir andar.
  • Hematomas extensos nos braços e no rosto.

A mulher ainda revelou que era forçada a comer logo após as brigas, que ocorriam com frequência, em mais uma demonstração de controle e humilhação por parte do agressor.

O caso agora segue nas mãos das autoridades competentes para a apuração de todos os fatos e a aplicação da lei. A prisão do suspeito representa um primeiro passo, mas a investigação continua para consolidar as provas e garantir a responsabilização pelos crimes de cárcere privado, tortura, agressão e possivelmente outros.