Um homem de 36 anos foi preso em flagrante na cidade de Cubatão, no litoral de São Paulo, acusado de cometer estupros contra a própria sobrinha durante um período de três anos. A prisão ocorreu na última quinta-feira, dia 4, após a mãe da adolescente, que também é irmã do suspeito, formalizar a denúncia.
Cronologia dos crimes e revelação
De acordo com as investigações da Polícia Civil, os abusos sexuais começaram em 2021, quando a jovem tinha apenas 13 anos de idade. Na época, a vítima estava sob a guarda do tio, pois a mãe havia perdido a custódia devido a registros de agressões.
A adolescente viveu com o agressor entre os anos de 2020 e 2024. Foi apenas em 2025, ao retornar para a casa da mãe, que ela encontrou coragem para revelar os estupros sofridos ao longo daqueles anos.
Investigação e prisão
A denúncia foi formalizada no dia 29 de outubro na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos e, posteriormente, encaminhada ao 2º Distrito Policial de Cubatão, cidade onde o suspeito residia, na Avenida Brasil.
O delegado Wagner Camargo Gouveia, titular da unidade, e sua equipe reuniram um conjunto robusto de provas, que incluiu:
- Depoimento detalhado da vítima.
- Exame de corpo de delito.
- Análise de mensagens e áudios que demonstravam ameaças e tentativas de coação por parte de familiares do acusado.
Com base nas evidências, os policiais qualificaram os envolvidos, levantaram antecedentes criminais e solicitaram à Justiça os mandados de prisão e de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas e culminaram na detenção do homem em sua própria residência. Ele foi encaminhado para a cadeia pública de Guarujá.
Apreensões e indícios de novos crimes
Durante a ação policial na casa do indiciado, foram apreendidos celulares, notebooks e um tablet. Há fortes indícios de que o acusado tenha gravado vídeos contendo nudez e cenas de relações sexuais com a adolescente.
O inquérito policial foi concluído com o indiciamento do homem de 36 anos. Todo o processo investigativo foi remetido ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que agora é responsável pelas medidas legais subsequentes, incluindo a eventual denúncia e o andamento do processo na Justiça.
O caso choca pela violência prolongada e pelo abuso de confiança, uma vez que o agressor era o tio da vítima e seu responsável legal no período dos crimes, evidenciando um grave caso de violência doméstica e familiar.