Policial Militar é Detido Após Tentativa de Feminicídio em Reserva Indígena no Ceará: Caso Choca Comunidade
PM preso por tentar matar companheira a facadas no CE

Um fato brutal veio à tona nesta terça-feira (19) e deixou a comunidade da Reserva Indígena do povo Kanindé, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, em completo estado de choque. Acontece que um cabo da Polícia Militar, um homem que supostamente deveria proteger, foi preso em flagrante pela própria corporação após tentar ceifar a vida da própria companheira a golpes de faca.

Pois é. A imagem que se tem de um protetor da lei foi totalmente despedaçada pela violência covarde. O agressor, identificado como R.S.S., de 31 anos, não poupou esforços no ataque. A vítima, uma mulher de 27 anos, sofreu múltiplos ferimentos – um deles, profundamente preocupante, no pescoço. A fúria do momento foi tanta que ele só foi rendido pela intervenção de parentes dela, que ouviram os gritos desesperados e conseguiram imobilizá-lo até a chegada da polícia.

A cena que se seguiu foi de caos total. Imagine a comoção dentro de uma comunidade tradicional, um lugar que deveria ser de paz, transformado num palco de horror. A PM, ao ser acionada, compareceu ao local e, diante das evidências gritantes, prendeu o colega de farda ali mesmo. Ele não negou a autoria. Foi direto para a cadeia.

O Que Leva a Isso?

O motivo? Briga de casal. Dois palavrões que, em segundos, se transformaram numa tentativa de homicídio. A faca, que deveria estar na cozinha, foi usada como arma. Aquele que era para ser um porto seguro, o lar, virou uma armadilha mortal. A sorte – se é que podemos chamar assim – é que a ajuda chegou a tempo. A mulher foi socorrida ainda consciente e encaminhada às pressas para um hospital da região. Ela passa por cirurgia e, até o momento, seu estado de saúde é considerado grave, mas estável.

O caso agora está registrado como tentativa de feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Pacatuba. A justiça precisa ser rápida e severa. Um agressor desses, ainda mais vestindo uma farda que simboliza a lei, não pode ficar impune. A população exige respostas.

É um daqueles episódios que te fazem perder um pouco a fé, não é mesmo? Um PM, treinado e armado, usando seu conhecimento para o mal, dentro de uma terra indígena. A ironia é amarga. A corporação emitiu uma nota informando que o militar foi autuado e preso, e que o processo administrativo para sua expulsão já está a pleno vapor. Pouco consolo, diga-se de passagem.

Enquanto isso, a comunidade Kanindé tenta digerir o trauma. Um lugar que luta diariamente para preservar sua cultura e sua paz, agora precisa também lutar contra o eco de uma violência que parecia distante. A vida segue, mas as marcas – físicas e emocionais – ficarão para sempre.