Uma tragédia envolvendo dois policiais militares chocou o município de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025. Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, foi morta a tiros pelo próprio marido, o também policial militar Joaquim Filho, após uma discussão que terminou em uma troca de tiros dentro do carro do casal.
Detalhes do crime
O episódio fatal ocorreu depois que Joaquim Filho foi buscar a esposa no local de trabalho dela. Ainda dentro do veículo, os dois iniciaram uma discussão. Ambos portavam suas armas de serviço e, em meio à briga, dispararam um contra o outro.
Larissa foi atingida por dois tiros, um no abdômen e outro no tórax. Ela foi socorrida e levada para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A policial era mãe de três filhos pequenos.
Joaquim Filho foi atingido na perna durante o confronto. Ele também recebeu atendimento médico e seu estado de saúde foi informado como estável pela Polícia Militar do Ceará. O policial está internado sob escolta e as armas utilizadas no crime foram apreendidas.
Investigação e contexto
O caso será investigado pela Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina (CPJM). No entanto, existe a possibilidade de a investigação ser encaminhada para a Justiça comum, apesar de o crime ter sido cometido com as armas funcionais dos dois agentes.
Este trágico feminicídio ocorre em um momento de grande repercussão de casos de violência contra a mulher no Brasil. Nos últimos dias, outros dois episódios brutais ganharam as manchetes:
- No sábado, 29 de novembro, Douglas Alves da Silva arrastou a namorada, Tainara Souza Santo, por cerca de um quilômetro sob seu carro, na Marginal Tietê, em São Paulo. A vítima teve ambas as pernas amputadas e está internada em estado grave. O agressor foi preso preventivamente.
- Na segunda-feira, 1º de dezembro, Bruno Lopes Fernandes Barreto atirou seis vezes na ex-namorada, Evelin de Souza Saraiva, dentro da pastelaria onde ela trabalhava, na zona norte de São Paulo. O crime ocorreu porque ele não aceitava o fim do relacionamento. A mulher foi baleada nas pernas e levada de helicóptero para o Hospital das Clínicas. O criminoso está foragido.
Consequências e reflexão
A morte de Larissa Gomes da Silva expõe, de forma dramática, a violência doméstica que pode ocorrer mesmo dentro de instituições responsáveis pela segurança pública. O fato de ambos os envolvidos serem policiais militares levanta questões sobre o controle de armas funcionais e a saúde mental dos profissionais da segurança.
A sociedade cearense e brasileira aguarda agora o desenrolar das investigações, que devem apurar todas as circunstâncias que levaram a essa fatalidade, enquanto uma família chora a perda de uma jovem mãe e três crianças ficam órfãs.