Pai é preso após filha relatar abusos diários em atendimento psicológico
Pai preso por estuprar a própria filha em Iguaba Grande

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (3), um homem suspeito de cometer estupro contra a própria filha em Iguaba Grande, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O crime teria ocorrido ao longo de um ano, conforme relato da vítima durante um atendimento psicológico.

Revelação durante acompanhamento de saúde mental

O caso veio à tona quando a adolescente, de 15 anos, foi atendida na Policlínica de Saúde Mental da região. Durante a consulta com uma psicóloga, a jovem revelou que sofria abusos sexuais diários desde maio de 2024, com as agressões se estendendo até maio de 2025. Segundo seu depoimento, os atos eram acompanhados de ameaças e ocorriam enquanto ela residia com o pai.

A denúncia foi formalizada imediatamente em uma delegacia, onde medidas protetivas em favor da adolescente foram solicitadas e concedidas pela Justiça sem demora.

Confissão e prisão do suspeito

Na delegacia, o homem, que é pai da vítima, teria confessado os abusos. Em seu depoimento, ele afirmou que vinha tentando tirar a própria vida por não suportar o remorso dos atos cometidos. Após os procedimentos policiais, o suspeito foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde permanece à disposição da Justiça.

A investigação contou com o depoimento de testemunhas, incluindo a atual esposa do investigado. Ela afirmou aos policiais que encontrou indícios dos abusos ao acessar o telefone celular da vítima.

Caso foi descoberto após desaparecimento

De acordo com a Polícia Civil, o fato só foi revelado porque a adolescente havia sido registrada como desaparecida em uma investigação anterior. Após ser localizada com segurança, ela foi direcionada para o acompanhamento psicológico na policlínica, ocasião em que finalmente conseguiu relatar as violações sofridas.

O episódio ocorrido em Iguaba Grande destaca a importância dos canais de denúncia e do acompanhamento em saúde mental para vítimas de violência, que muitas vezes só conseguem romper o silêncio em um ambiente de confiança e apoio profissional.