Mulher sobrevive a três dias de tortura e ameaças de morte
Uma jovem de 26 anos conquistou a liberdade após passar três dias em situação de cárcere privado dentro da própria casa onde morava com o companheiro no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. O resgate aconteceu na noite de segunda-feira, 24 de junho, quando vizinhos testemunharam a tentativa de fuga da vítima e acionaram imediatamente a Guarda Municipal.
Torturas e ameaças constantes
De acordo com o relato da vítima aos agentes, durante os três dias de cativeiro ela foi submetida a agressões físicas e psicológicas constantes. O companheiro a mantinha trancada dentro da residência e a agredia com socos na cabeça e tapas no rosto. A situação se agravava durante a noite, quando o agressor retornava do trabalho e intensificava as torturas.
"Durante o dia ele saia para trabalhar e eu ficava amarrada. À noite quando ele chegava, ele me torturava, me deixava nua e jogava água fria, gasolina, me ameaçava", descreveu a vítima aos guardas municipais.
O homem chegou a ameaçar a jovem dizendo que tinha aberto uma cova para esconder o corpo dela depois de torturá-la e matá-la. Durante todo o período, a vítima não recebeu alimentação adequada, sobrevivendo apenas com água.
Fuga heroica e prisão em flagrante
A oportunidade de escape surgiu quando o agressor cometeu um descuido e deixou a porta destrancada. A jovem tentou fugir, mas foi alcançada pelo companheiro, que a agrediu novamente antes que ela conseguisse pedir socorro. No entanto, a cena foi observada por vizinhos, que rapidamente acionaram as autoridades.
Quando a Guarda Municipal chegou ao local, encontrou a vítima descalça e com machucados visíveis no pé direito e no braço esquerdo. O agressor foi preso em flagrante e, segundo os agentes, negou todas as acusações, mas não conseguiu justificar as lesões apresentadas pela companheira.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Curitiba, que dará continuidade às investigações sobre esse grave caso de violência doméstica. O episódio serve como alerta para a importância da vizinhança ficar atenta a situações de risco e não hesitar em acionar as autoridades.