
Imagine a cena: uma discussão que começou como tantas outras, mas que, em questão de minutos, descambou para o absolutamente inacreditável. Foi mais ou menos assim que a tarde desta sexta-feira (22) se transformou em um pesadelo num residência no Jardim Santa Rosália, em Sorocaba.
Segundo as primeiras informações que corriam soltas entre os vizinhos – aqueles rumores que sempre vazam depois de um barulho desses –, uma briga de casal foi o estopim. Só que dessa vez, os ânimos não se acalmaram. A discussão escalou de um jeito violento e, de repente, tudo virou um caos.
A mulher, cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada, teria pego uma faca. Sim, uma faca. E num acesso de fúria que é difícil até de compreender, desferiu golpes contra o próprio companheiro. O homem, que deve ter entrado em pânico, tentou se defender, mas não foi suficiente para evitar os ferimentos.
E aí a coisa piora.
O cunhado dela, ouvindo a confusão, teria chegado para tentar apartar a briga. Só que em vez de acalmar os ânimos, ele se tornou o alvo seguinte. Sem a faca, mas com uma raiva que parecia incontrolável, a mulher agarrou uns blocos de cerâmica que estavam por perto – desses de obra mesmo – e começou a atirar no rapaz. Um ataque completamente desproporcional, que deixou ele ferido também.
Quando a PM chegou ao local, o cenário era de horror: dois homens machucados, uma mulher em crise nervosa e uma história que ninguém quer ouvir, mas que infelizmente se repete com uma frequência assustadora por aí.
Os dois feridos foram levados para o hospital, mas pasmem: não era nada grave. Ou melhor, era grave, claro que era, mas felizmente não era fatal. O companheiro dela sofreu com os golpes de faca, e o cunhado com os ataques dos blocos. Ambos passam bem, se é que dá pra dizer isso depois de uma agressão dessas.
Já a mulher foi detida no flagrante. A Polícia Civil já abriu um inquérito para investigar o caso – porque é claro que uma agressão dessa magnitude não pode ficar por isso mesmo. Ela vai responder por lesão corporal, e provavelmente outras coisas mais, dependendo do que for apurado.
É daquelas notícias que a gente lê e fica pensando: como é que uma discussão chega a esse ponto? O que se passa na cabeça de alguém para que a raiva tome conta de um jeito tão destrutivo? Não tenho resposta, só me restam mesmo as perguntas – e a esperança de que casos assim não se repitam.