
O que deveria ser mais uma terça-feira comum no bairro da Mustardinha, Zona Oeste do Recife, transformou-se num pesadelo. Uma cena que ninguém gostaria de testemunher — muito menos viver.
Por volta das 14h30 dessa terça-feira (8), o barulho do trânsito e a correria do dia a dia foram interrompidos por gritos. Gritos de desespero. Uma mulher, cuja identidade ainda não foi revelada, tornou-se alvo da fúria de um homem que, pasmem, não hesitou em atacá-la com uma faca no meio da rua. Sim, em plena luz do dia.
O horror em detalhes
As câmeras de segurança flagraram tudo. O vídeo é perturbador — mostra o agressor se aproximando da vítima com uma frieza que dá arrepios. Ele desfere vários golpes com o objeto perfurocortante antes de fugir, deixando a mulher à própria sorte, ensanguentada no asfalto.
Testemunhas, ainda em choque, contam que a cena foi rápida e violenta. "Ele veio como se tivesse com raiva acumulada", disse um morador que preferiu não se identificar. "A gente nunca imagina que vai ver uma coisa dessas tão perto de casa."
Corrida contra o tempo
O socorro, felizmente, não demorou. O Samu foi acionado rapidamente e a levou para o Hospital da Restauração, um dos maiores centros de trauma de Pernambuco. Lá, a equipe médica trava uma batalha silenciosa nos corredores — uma luta pela vida que acontece todos os dias, mas que poucos veem.
Segundo o último boletim, ela chegou em estado grave, consciente, mas com ferimentos significativos. Os médicos estão fazendo de tudo para estabilizá-la. A família, é claro, vive aqueles momentos intermináveis de angústia na sala de espera.
O que sabemos sobre o criminoso?
Pouco — muito pouco. A Polícia Civil já iniciou as investigações, mas o homem continua foragido. As autoridades trabalham com a hipótese de feminicídio tentado, um crime que, infelizmente, tem se tornado cada vez mais comum.
O que leva alguém a cometer uma brutalidade dessas? É uma pergunta que ecoa na cabeça de todos que tomam conhecimento do caso. A delegada responsável pelo inquérito adiantou que as câmeras da região são o principal trunfo para identificar e prender o agressor.
Não é um caso isolado
E aqui vem a parte mais triste: isso não é novidade. O Brasil vive uma epidemia de violência contra a mulher que parece não ter fim. Só em Pernambuco, os números assustam — são dezenas de casos por mês, muitos deles terminando em tragédia.
Especialistas em segurança pública alertam: precisamos falar mais sobre isso, discutir políticas de prevenção e, principalmente, oferecer proteção real às mulheres em situação de risco. Porque discurso, todos sabemos, não salva vidas.
Enquanto a vítima luta no hospital e a polícia busca o responsável, a pergunta que fica é: quantas mulheres precisarão passar por isso até que a sociedade acorde de vez para essa realidade cruel?