CORAGEM EM MEIO AO PÚBLICO: Mulher denuncia agressor DURANTE palestra e ele é preso na hora no Amazonas
Mulher denuncia agressor durante palestra e ele é preso

Imagina a cena: um auditório cheio, uma palestra rolando, e no meio da plateia, uma mulher segurando um segredo que pesava mais que o mundo. Aí, ela levanta. Não era para fazer uma pergunta sobre o tema da palestra, não. Era para mudar completamente o rumo daquele dia.

Foi exatamente isso que aconteceu num evento em Manaus, capital do Amazonas, nesta segunda-feira (19). No meio da tal palestra — ironicamente, sobre violência doméstica —, uma corajosa decidiu que aquele era o momento. Ela se identificou como vítima e, diante de todo mundo, apontou o dedo para o homem que supostamente a agredia. E olha só onde ele tava: sentado bem do lado dela, tentando passar despercebido.

O Silêncio que Virou Grito

O clima, que antes era de aprendizado, congelou na hora. A delegada responsável pela palestra, a Dra. Joyce Coelho, não hesitou nem um segundo. Ordenou que os policiais civis presentes no local — que estavam lá justamente para dar suporte ao evento — contivessem o suspeito imediatamente. Ele foi levado para a Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) e, pasmem, a medida protetiva que a vítima já possuía contra ele foi violada ali, na cara de todo mundo.

— A vítima já tinha uma medida protetiva, e o agressor descumpriu ao se aproximar dela durante o evento. A conduta dele foi, no mínimo, de uma audácia assustadora — comentou uma fonte próxima ao caso, ainda impressionada com a naturalidade do criminoso.

Um Ato Calculado ou um Grito de Desespero?

O que leva uma pessoa a fazer uma denúncia dessas num lugar tão público? Medo? Coragem? Um misto dos dois? Especialistas em violência de gênero que acompanham o caso veem isso como um ato de extrema bravura, mas também como um sinal claro de que o sistema precisa estar sempre alerta. A vítima, sabendo que estava em um ambiente seguro e com autoridade policial presente, viu uma janela de oportunidade e pulou.

— Isso mostra que a vítima se sentiu encorajada pelo tema e pela presença da autoridade. Ela viu uma chance de quebrar o ciclo do medo de uma vez por todas — analisou uma assistente social que prefere não se identificar.

O agressor, é claro, negou as acusações na delegacia. Mas a rapidez da ação policial e a coragem da vítima fizeram toda a diferença. Ele vai responder por descumprimento de medida protetiva e, provavelmente, pelas agressões anteriores. A justiça, dessa vez, foi mais rápida que o noticiário.

E aí, o que você acha? Foi sorte, foi estratégia, ou foi um daqueles momentos em que o destino simplesmente coloca as peças certas no lugar certo? Uma coisa é certa: a mensagem de que a violência contra a mulher não será tolerada ecoou muito além daquele auditório.