Curitiba vive mais um caso chocante de feminicídio que expõe as fragilidades do sistema de proteção a mulheres em situação de violência. Uma mulher de 39 anos foi brutalmente assassinada a facadas na noite desta quarta-feira (22), mesmo possuindo uma medida protetiva ativa contra o agressor.
Crime ocorreu na região do Uberaba
O feminicídio aconteceu por volta das 22h30 na Rua João Bettega, no bairro Uberaba, região sul de Curitiba. Segundo testemunhas, a vítima foi atacada de forma violenta enquanto estava na rua, próximo à sua residência.
"Os vizinhos relataram ter ouvido gritos e correram para ajudar, mas quando chegaram a mulher já estava gravemente ferida", contou uma moradora da região que preferiu não se identificar.
Medida protetiva não foi suficiente
O aspecto mais alarmante deste caso é que a vítima possuía uma medida protetiva em vigor, determinada pela Justiça para afastar o suspeito. A ordem judicial, no entanto, não foi capaz de impedir a tragédia.
Especialistas em violência doméstica alertam que as medidas protetivas, embora essenciais, dependem de uma rede de proteção eficiente para serem realmente efetivas. A delegada responsável pelo caso enfatizou que "estamos diante de um triste exemplo de como a violência doméstica pode escalar para consequências fatais".
Operação para capturar o suspeito
Imediatamente após o crime, a Polícia Civil iniciou uma operação para localizar e prender o suspeito. As investigações apontam que o autor do feminicídio seria uma pessoa conhecida da vítima, contra quem ela possuía a medida protetiva.
- Crime ocorreu por volta das 22h30 de quarta-feira
- Vítima tinha 39 anos e medida protetiva ativa
- Local: Rua João Bettega, Uberaba, Curitiba
- Polícia busca suspeito que já era conhecido da vítima
Alerta sobre violência doméstica
Este caso reacende o debate sobre a efetividade das políticas de proteção à mulher no Paraná. Dados recentes mostram que o estado registra números preocupantes de violência doméstica, com muitos casos evoluindo para feminicídio.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres reforçam a importância de denunciar qualquer situação de violência através dos canais disponíveis:
- Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher
- Delegacias especializadas
- Aplicativo SOS Mulher
- Busque ajuda em centros de referência
O caso continua sob investigação da Delegacia do Homicídio e de Proteção à Vida, que trabalha para elucidar todas as circunstâncias do crime e garantir que a Justiça seja feita.