Uma tragédia familiar chocou a cidade de Caruaru, em Pernambuco, nesta semana. Andrea Maria dos Santos foi presa suspeita de mandar assassinar a própria filha, Allani Rayane, de 24 anos, motivada por uma disputa por herança familiar.
Detalhes do crime brutal
A jovem Allani Rayane era natural de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, e foi encontrada morta dentro de sua casa em Caruaru. Segundo amigos próximos, a vítima era descrita como uma pessoa tranquila e calada, que cursava pedagogia em uma universidade particular da cidade e fazia estágio em um colégio particular.
Em entrevista exclusiva ao g1 Caruaru, uma amiga de Allani que preferiu não se identificar revelou detalhes sobre a relação conturbada entre mãe e filha. Andrea nunca foi responsável com ela ou com o irmão, segundo o relato. "A mãe nunca foi responsável com ela e o irmão. Gostava de farra, bebidas, se relacionava com muitos homens e não cuidava dos filhos", disse a amiga.
Motivação do crime: herança familiar
O conflito familiar se intensificou quando o avô de Allani deixou boa parte da herança para a neta, decisão que Andrea Maria nunca aceitou. Conforme a amiga da vítima, "a mãe deixava claro sua insatisfação com a decisão e que não considerava Allani e o irmão como filhos".
As investigações da Polícia Civil revelaram que Andrea Maria mantinha um relacionamento amoroso com o executor do crime, que não teve o nome divulgado. Após passar por audiência de custódia na quarta-feira (19), ambos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco.
Execução cruel e prisões
De acordo com o delegado Eric Costa, que conduziu as investigações, o executor do crime disse à polícia que foi até a casa de Allani na madrugada da segunda-feira (17) com o pretexto de fazer um trabalho religioso para a jovem. Dentro da residência, a jovem foi torturada e o homem exigiu a transferência do dinheiro que Allani teria recebido da herança do avô.
Com a negativa da jovem, o homem a matou com golpes de arma branca, usando uma faca e uma enxada de jardim. Após cometer o crime, o executor foi flagrado por câmeras de segurança jogando uma mochila com as armas escondidas em uma área de matagal.
Enquanto era conduzida a uma viatura, quando foi presa na terça-feira (18), Andrea negou ser mandante do crime e manter relacionamento com o executor. Porém, segundo o delegado Eric, elementos da investigação apontaram o contrário. "A versão dela não é verossímil. Todos os elementos que conseguimos identificar até o presente momento levam a crer que ela é a mandante do crime, juntamente com o seu companheiro que foi preso horas antes", afirmou o delegado.
A mulher foi encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife, enquanto o homem foi levado para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. A defesa dos presos não foi localizada pelo g1 até a última atualização da reportagem.