Não é todo dia que a rotina pacata de uma cidade do interior de Goiás é abalada por um caso tão sombrio. Na última sexta-feira (16/08), a polícia prendeu uma mulher de 32 anos — nome não divulgado — acusada de um crime que deixou até os agentes mais experientes de cabelo em pé: manter o próprio filho, um adolescente de 14 anos, trancado em casa como se fosse um prisioneiro.
Segundo relatos, a situação veio à tona depois que um vizinho, desconfiado com o silêncio anormal da residência, resolveu ligar para o Disque-Denúncia. "Ele mal aparecia na janela, e quando aparecia, parecia assustado", contou o anônimo, que preferiu não se identificar. A polícia, então, decidiu investigar.
O que encontraram?
Ao chegarem ao local, os agentes se depararam com uma cena digna de filme de terror: o garoto estava em um quarto sem mobília, apenas com um colchão sujo no chão. A janela — ironicamente — tinha grades, mas por dentro, não por fora. "Parecia mais uma cela do que um quarto", comentou um dos policiais, visivelmente abalado.
- O adolescente apresentava sinais de desnutrição e marcas no corpo
- Havia um cadeado na porta do quarto, que só podia ser aberto por fora
- Livros escolares estavam empilhados em um canto, mas o garoto não frequentava a escola há meses
A mãe, quando questionada, tentou justificar: "É para o bem dele. O mundo lá fora é perigoso". Os policiais, é claro, não compraram a explicação. Afinal, qual mãe em sã consciência tranca o filho como um animal?
E agora?
O garoto foi encaminhado para atendimento médico e depois levado para um abrigo. Já a mãe, que não tinha antecedentes criminais, foi levada para a delegacia e vai responder por cárcere privado e maus-tratos. O caso ainda pode ganhar novos capítulos, já que o Ministério Público está investigando se havia outros familiares envolvidos ou cientes da situação.
Enquanto isso, na pequena cidade goiana, o caso virou o principal assunto nas ruas. "A gente nunca imagina que coisas assim acontecem aqui, sabe? Parece coisa de filme", comentou uma moradora, enquanto tomava café na padaria local. E ela tem razão — às vezes, a realidade supera até a ficção mais sombria.
