Um homem de 49 anos foi formalmente indiciado pela Polícia Civil por praticar ameaças contra uma mulher de 28 anos, com quem manteve um relacionamento breve. O caso ocorreu em Paraíso do Tocantins, situada na região central do estado, e revela uma trama de perseguição virtual que deixou a vítima em estado de pânico constante.
Investigação descobre esquema de ameaças
De acordo com as investigações conduzidas pela 63ª Delegacia de Polícia do município, o suspeito utilizava aplicativos de mensagem com diferentes números de telefone para enviar ameaças de morte à ex-companheira. Conforme o relato da vítima, as mensagens de intimidação chegavam sempre de números distintos, o que dificultava inicialmente a identificação do autor.
O aspecto mais perturbador do caso, segundo a Polícia Civil, era o fato de que as mensagens faziam referência à rotina da mulher, demonstrando que ela estava sendo observada. Esta situação causou um significativo abalo psicológico na vítima, que decidiu registrar ocorrência na delegacia.
Confissão após apresentação de provas
O delegado José Lucas Melo, responsável pelo caso, explicou que o suspeito enviava as ameaças de forma anônima justamente para intensificar o estado de pânico da vítima. Durante as investigações, a identidade do homem foi descoberta, revelando que o casal teve um relacionamento rápido há alguns meses, e que ele não aceitou o término.
Quando interrogado na delegacia, o suspeito inicialmente negou qualquer conhecimento sobre as ameaças dirigidas à vítima. No entanto, após a apresentação das provas coletadas pela polícia, ele confessou o crime e manifestou arrependimento por suas ações.
Orientações para vítimas de ameaças
O inquérito policial foi concluído na sexta-feira (28) e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as devidas medidas legais. O indiciamento foi realizado com base na Lei Maria da Penha, específica para casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
O delegado José Lucas Melo orientou que, ao primeiro sinal de ameaça, intimidação ou tentativa de extorsão, a vítima deve procurar imediatamente a Polícia Civil. Ele destacou a importância de guardar provas, como prints das mensagens, para auxiliar nas investigações.
"Elas não devem nunca hesitar em denunciar à Polícia Civil desde o primeiro momento em que as condutas criminosas tiveram início, no sentido de evitar um desfecho ainda mais grave", completou a autoridade policial.
O nome do indiciado não foi divulgado pelas autoridades, e até o fechamento desta matéria, o g1 não havia conseguido contato com a defesa do acusado.
