Um caso grave de violência doméstica chocou a cidade de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, na última sexta-feira (28). A residência de uma mulher de 26 anos foi completamente incendiada, e as investigações apontam o ex-companheiro dela como principal suspeito do crime.
Incêndio criminoso no bairro Nova Esperança
O fato ocorreu pela manhã no bairro Nova Esperança. A vítima havia saído de casa por volta das 7h30 para trabalhar. Pouco tempo depois, ela recebeu uma ligação informando que sua casa estava em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente e conseguiu controlar o fogo, mas os danos materiais foram extensos.
De acordo com o relato da mulher à Polícia Militar, o incêndio destruiu móveis, roupas, eletrônicos e objetos pessoais de valor sentimental. Até o celular do filho dela foi consumido pelas chamas. A situação é ainda mais alarmante porque a vítima possui uma medida protetiva contra o ex-companheiro, o que demonstra um histórico de ameaças.
Imagens e prisão em flagrante
Câmeras de segurança do local registraram a chegada de dois homens em um carro, por volta das 8h da manhã. Eles permaneceram no local por aproximadamente oito minutos e depois saíram correndo. A mulher reconheceu um dos indivíduos nas imagens: Leandro Santos Pereira, de 30 anos, seu ex-companheiro.
Com base nessas informações, a Polícia Militar montou um cerco e conseguiu abordar o veículo usado no crime. O motorista, identificado como Marco Túlio dos Santos Reis, de 28 anos, foi preso em flagrante. Em seu depoimento, ele confessou que levou Leandro e outro suspeito, Pablo Cauã Matoso, de 18 anos, até a rua da vítima.
O preso ainda revelou à polícia uma declaração aterradora feita por Leandro: ele teria dito que, se não fosse preso, mataria a ex-companheira. Até o fechamento desta reportagem, Leandro e Pablo continuavam foragidos.
Investigação e consequências
A Polícia Civil informou, em nota, que Marco Túlio foi autuado em flagrante pelos crimes de incêndio e dano e já foi encaminhado ao sistema prisional. O carro utilizado no crime foi apreendido, e peritos estiveram no local para coletar vestígios que possam auxiliar nas investigações.
O caso está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de João Monlevade, que segue com as diligências para localizar e prender os outros dois suspeitos. A ação rápida das autoridades impediu uma tragédia maior, mas o episódio evidencia os riscos constantes enfrentados por vítimas de violência doméstica, mesmo com medidas protetivas em vigor.
