
Numa tarde abafada de agosto, a rotina de um bairro tranquilo de Maceió foi sacudida por um episódio que deixou vizinhos de cabelo em pé. Um sujeito, desses que acham que posse é coisa de objeto, foi algemado depois de aterrorizar a ex-namorada por dias — e olha que a história é mais sinistra do que parece.
Segundo relatos, o cara não contente com o fim do relacionamento, resolveu fazer da vida da mulher um inferno. Começou com mensagens ameaçadoras — daquelas que gelam a espinha —, depois partiu para a perseguição descarada nas ruas da capital alagoana. Mas o ápice? Uma tentativa brutal de estupro que, graças a um vizinho atento, não se consumou.
O desfecho
A polícia, acionada às pressas, não perdeu tempo. Quando chegaram no local, encontraram o suspeito — que nem tentou negar as acusações — ainda no apartamento da vítima. Dizem que ele estava com uma cara de quem não acreditava que tinha ido longe demais. Pois é, amigo, a conta chegou.
O delegado responsável pelo caso foi direto ao ponto: "Isso aqui é caso de cadeia, sem conversa. A gente não vai tolerar esse tipo de covardia". E não tolerou mesmo. O indivíduo já está atrás das grades, respondendo por uma penca de crimes.
E as consequências?
Além do óbvio — a prisão em flagrante —, o caso reacendeu aquela discussão que nunca deveria ter saído de pauta: até quando as mulheres vão precisar viver com medo de ex-companheiros obcecados? Em Maceió, os números de violência doméstica não param de crescer, e esse episódio escancarou mais uma vez o problema.
Para quem pensa que é exagero, aqui vai um dado que dói: só neste ano, a delegacia da mulher da capital já registrou mais de 500 casos similares. E esses são só os que foram denunciados — a realidade, sabemos, é muito mais cruel.
Enquanto isso, a vítima — uma guerreira, diga-se de passagem — recebeu medida protetiva e apoio psicológico. Mas convenhamos: nenhuma lei apaga o trauma de passar por uma situação dessas. Fica aquele gosto amargo de "quantos casos assim ainda vão acontecer antes de a coisa mudar de verdade?".