
A cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, acordou sobressaltada com mais um caso brutal de violência doméstica. Na tarde de segunda-feira, um homem decidiu resolver suas contas com a ex-namorada da pior maneira possível — usando o próprio carro como arma.
Acontece que o plano saiu pela culatra, literalmente. Em vez de atingir a ex-companheira, o motorista descontrolado acabou atropelando uma amiga dela que, por azar do destino, estava no lugar errado na hora errada.
O que realmente aconteceu naquela tarde?
Segundo testemunhas que preferiram não se identificar — medo é compreensível —, tudo começou com uma discussão acalorada perto do centro da cidade. O clima já estava pesado, mas ninguém imaginava que as coisas chegariam a esse extremo.
A vítima, uma mulher de 23 anos, conversava tranquilamente com sua amiga quando o ex-companheiro apareceu do nada. Sem qualquer aviso, ele acelerou o veículo diretamente na direção delas. O barulho do impacto foi tão forte que vizinhos saíram correndo de suas casas.
"Parecia cena de filme", contou um morador que ainda parecia abalado. "O carro veio em alta velocidade, desviou da mulher que ele queria atingir e pegou a amiga dela. Foi puro milagre que não foi pior."
Consequências imediatas do ataque
A amiga da ex-companheira, que tinha 25 anos, sofreu ferimentos consideráveis. Os socorristas que atenderam a ocorrência relataram que ela apresentava múltiplos hematomas e escoriações, mas felizmente nenhuma fratura grave. Ainda assim, o susto foi enorme — e a dor também.
Enquanto a vítima era levada às pressas para o hospital, o autor do atropelamento simplesmente desapareceu. Ele não esperou pela polícia, nem pelos bombeiros, nem pelas consequências de seus atos. Simplesmente fugiu, deixando para trás um rastro de medo e indignação.
O que me faz pensar: até quando casos assim vão continuar acontecendo? Quantas mulheres precisarão sofrer antes que a sociedade acorde para a gravidade da violência doméstica?
Busca pelo acusado continua intensa
A Polícia Militar já iniciou diligências para localizar o homem, mas até o momento ele permanece foragido. As autoridades suspeitam que ele possa ter deixado a cidade, embora não descartem a possibilidade de que esteja escondido em alguma propriedade rural da região.
O delegado responsável pelo caso — que pediu para não ser identificado — foi categórico: "Estamos tratando isso com a máxima urgência. Tentativa de homicídio é crime gravíssimo, especialmente quando envolve violência doméstica. Ele será encontrado."
Enquanto isso, a verdadeira vítima-alvo do ataque vive com medo constante. Ela recebeu medidas protetivas, mas todos sabemos que um pedaço de papel não para uma bala — ou um carro em alta velocidade.
O caso serve como mais um alerta sombrio sobre a epidemia de violência contra mulheres no Brasil. E deixa aquela pergunta incômoda ecoando: quantos casos como esse ainda precisam acontecer antes que algo mude de verdade?