Um caso de violência doméstica envolvendo uma gestante de oito meses está chocando a região metropolitana de Cuiabá. Uma mulher de 25 anos foi presa em flagrante na tarde desta terça-feira (22) suspeita de esfaquear o próprio companheiro com um canivete durante uma discussão motivada por ciúmes.
O incidente ocorreu em Várzea Grande, município que faz parte da Grande Cuiabá, e segundo informações da Polícia Militar, a vítima é um homem de 31 anos que mantinha relacionamento amoroso com a suspeita.
Discussão por ciúmes terminou em violência
De acordo com o boletim de ocorrência, o casal estava em casa quando começaram a discutir. A gestante, tomada por ciúmes, teria acusado o companheiro de traição. A discussão se intensificou e, em um momento de fúria, a mulher pegou um canivete e desferiu golpes contra o homem.
O companheiro conseguiu se defender e sair da residência, buscando ajuda de vizinhos. Ele foi encaminhado para uma unidade de saúde local, onde recebeu atendimento médico para os ferimentos causados pelo canivete. Felizmente, seu estado de saúde é estável.
Gestante foi presa em flagrante
A Polícia Militar foi acionada e ao chegar ao local, encontrou a mulher ainda no imóvel. Diante das evidências e do relato da vítima, a gestante foi presa em flagrante por tentativa de homicídio.
A situação é delicada pelas condições especiais da suspeita, que está no terceiro trimestre de gravidez. Apesar disso, a lei não impede a prisão de gestantes em casos flagrantes, especialmente quando há risco à segurança pública.
O que diz a legislação sobre prisão de gestantes
A Constituição Federal e o Estatuto da Pessoa Presa estabelecem que mulheres grávidas têm direito a condições especiais de prisão, incluindo:
- Alojamento em estabelecimento adequado
- Assistência pré-natal especializada
- Permissão para amamentação após o parto
- Possibilidade de progressão de regime
Porém, essas garantias não impedem a prisão em flagrante quando há prática de crime violento.
Caso segue para a Justiça
Agora, a gestante presa aguarda a decisão judicial sobre sua situação. O Ministério Público já foi acionado e deverá se pronunciar sobre o caso, considerando tanto a gravidade do crime quanto a condição especial da acusada.
O companheiro esfaqueado prestou depoimento e o caso será investigado pela delegacia especializada. Testemunhas relataram que o casal já tinha histórico de discussões anteriores, mas nunca com episódios de violência física tão grave.
O caso serve como alerta para a importância de buscar ajuda em situações de conflito conjugal, especialmente quando há suspeita de ciúmes patológico ou outros problemas que possam escalar para a violência doméstica.
