
A Justiça do Rio não deixou por menos. Na última terça-feira (22), fechou o caso com uma sentença que ecoa forte: 22 anos de prisão, no regime inicialmente fechado, para um homem condenado por um daqueles crimes que a gente nunca esquece — feminicídio, com a agravante monstruosa de ter escondido o corpo da vítima.
A vítima? Maria Eduarda Alves da Silva. Tinha apenas 23 anos. Sumiu do mapa — literalmente — em outubro de 2021, no bairro de Costa Barros, Zona Norte da cidade. Sumiu, e ninguém sabia onde ela estava. Até que, sabe como é, as peças foram se encaixando.
As investigações, puxadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), foram atrás de cada fio solto. E olha, não foi fácil. O cara — cujo nome a gente nem repete, pra não dar ibope — tentou apagar os rastros. Mas a tecnologia, somada ao trabalho policial de rachar, botou tudo às claras.
As Provas que Não Mentem
Imagina a cena: imagens de câmeras de segurança mostrando a vítima entrando no carro do acusado. Depois… bem, depois ela não saiu mais. E não foi por falta de busca. O sujeito, num ato de covardia sem tamanho, ainda tentou sumir com o corpo — jogou a jovem num matagal, lá na Estrada do Camboatá.
Pois é. Só que a verdade, cedo ou tarde, sempre aparece. E apareceu. Perícias, ligações telefônicas, o histórico deles… Tudo convergiu. Não deu outra.
A Sentença Veio com Peso
O juiz não usou meias-palavras. Na decisão, deixou claro que se tratava de feminicídio — ou seja, crime contra a mulher pela condição de ser mulher. Violência doméstica? Pois é, tudo indica que sim. E ainda por cima, aquele toque de crueldade: ocultação do cadáver.
Duas penas somadas: 18 anos pelo feminicídio e mais 4 anos e 6 meses por ocultar o corpo. Vai cumprir inicialmente atrás das grades, e ainda pode recorrer. Mas, convenhamos, a sociedade espera que a Justiça seja feita — de verdade.
Esse caso é mais um daqueles que doem na alma. Lembra a todo mundo que a violência contra a mulher não é “briguinha de casal”. É real, é cruel e, infelizmente, ainda acontece todo santo dia.