Mulher é morta a facadas por ex-namorado após recusar casamento em Itararé
Feminicídio em Itararé: mulher morta por não aceitar casar

Tragédia em Itararé: Ex-namorado comete feminicídio após recusa de casamento

Uma cena de horror marcou as ruas de Itararé, no interior de São Paulo, na última quinta-feira (27). Raquel de Oliveira Lima, de apenas 26 anos, foi brutalmente assassinada a facadas por seu ex-companheiro, João Carlos Rodrigues de Lima, de 21 anos. O crime aconteceu em plena luz do dia, diante dos olhos do filho do casal, uma criança de apenas 7 anos.

O momento do crime

Imagens de câmeras de segurança que circularam nas redes sociais mostram com clareza a crueldade do ataque. Raquel caminhava tranquilamente pela calçada quando João Carlos se aproximou por trás. Sem qualquer aviso, o homem empurrou a vítima com violência, fazendo-a cair no chão. Imediatamente, ele começou a desferir múltiplas facadas contra a jovem, que não teve chance de se defender.

Testemunhas relataram que a cena foi rápida e brutal. Após cometer o crime, o assassino se afastou calmamente do corpo e fugiu do local, deixando a vítima agonizando na via pública. Moradores que testemunharam a cena correram para tentar ajudar Raquel, mas já era tarde demais.

Ameaças anteriores e confissão

O que mais choca na história é que a tragédia poderia ter sido evitada. João Carlos já havia ameaçado matar Raquel caso ela não aceitasse se casar com ele, conforme apurado pela reportagem. A ameaça se concretizou de forma brutal quando a jovem manteve sua decisão de não aceitar o matrimônio.

O criminoso não demonstrou qualquer arrependimento após ser capturado. Localizado em frente à casa de sua mãe, ele confessou o crime imediatamente aos policiais. Em sua declaração, confirmou que havia esfaqueado a ex-companheira especificamente porque ela recusou sua proposta de casamento.

Frieza após o crime

A crueldade do caso vai além do próprio assassinato. De acordo com o boletim de ocorrência, João Carlos fotografou o corpo da vítima e compartilhou a imagem macabra em um grupo de rede social da igreja evangélica que frequentava. O ato demonstra total falta de humanidade e um distúrbio comportamental grave.

A mãe do acusado informou às autoridades que ele havia trocado de roupa e pretendia se entregar à polícia quando foi localizado. No entanto, isso não diminui a gravidade de seus atos, que tiraram a vida de uma jovem mãe e traumatizaram permanentemente uma criança.

Desfecho judicial

Atualmente, João Carlos Rodrigues de Lima segue preso em Itararé e deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (28). O corpo de Raquel foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba, onde aguarda liberação para sepultamento.

Até o momento da publicação desta reportagem, o g1 não conseguiu contato com o advogado do acusado. O caso segue sob investigação das autoridades competentes, que tratam o crime como feminicídio - quando a mulher é morta simplesmente por ser mulher.

Esta tragédia serve como mais um alerta sobre a urgente necessidade de combater a violência contra a mulher no Brasil. Casos como o de Raquel demonstram que ameaças devem ser levadas a sério e que medidas protetivas precisam ser implementadas com eficácia para evitar novas tragédias.